O Rio Negro superou a cota da maior cheia registrada em 2012, nesta terça-feira (1). Nas últimas 24 horas o rio subiu 1cm, e alcançou a metragem de 29,98 cm.
Mais de 24 mil famílias foram prejudicadas em pelo menos 15 bairros da capital. Ao todo, foram construídos mais de 9 mil metros de pontes de madeira, as chamadas marombas, nas regiões mais afetadas.
A Prefeitura de Manaus tem o planejamento para atender as mais de 4 mil famílias que foram catalogadas nos 15 bairros mapeados pela Casa Militar, por meio da Defesa Civil e deve realiza hoje, o pagamento da primeira parcela do auxílio aluguel.
O centro histórico registra vários pontos de alagamento e os veículos transitam com dificuldade. Além da Praça do Relógio, o prédio da Alfândega também foi atingido.
A água invade lojas e comerciantes relatam prejuízos. Lojistas tiveram os estabelecimentos alagados, mesmo com as contenções em forma de barreira para impedir a entrada da água.
Ruas do centro estão interditadas com a subida da água. Muitos moradores são obrigados a abandonar suas casas, mas alguns resistem em deixar tudo para trás. Nas casas invadidas pela água, a presença de bichos é constante. Uma família teve a cozinha invadida por peixes trazidos pela correnteza.
A rotina dos moradores do Centro é diretamente prejudicada, pois além das dificuldades para realizar tarefas simples, como entrar e sair de casa por causa da falta de pontes, há o medo de contaminação pela água insalubre.
O local onde funcionava a principal e mais tradicional feira da capital, a Manaus Moderna, também foi inundado e os feirantes foram transferidos para uma balsa.