*Da Redação Dia a Dia Notícia
No primeiro trimestre de 2021, em comparação com o mesmo período de 2020, o Amazonas obteve o maior percentual de crescimento de trabalhadores celetistas desligados por morte no Brasil. Saindo de 114 em 2020 para 613 em 2021, o aumento foi de 437,7%. Atrás do Amazonas, estão outros estados do Norte: Roraima, Rondônia e Acre.
No total, o crescimento relativo no Amazonas foi três vezes maior do que o registrado no Brasil (71,6%). No recorte por atividades, os desligamentos por morte de enfermeiros e médicos no Amazonas aumentou 11 vezes, e 9,5 vezes na área de atenção à saúde humana.
Os dados são do boletim Emprego em Pauta nº 18 do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), e levam em conta as informações do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged).
O relatório conclui que, no Brasil, entre janeiro e março deste ano, os desligamentos por morte de médicos celetistas triplicaram e entre os enfermeiros, duplicaram. Outras categorias afetadas foram a de educação, cujo crescimento foi de 106,7%, e de transporte, armazenagem e correio, que teve aumento de 95,2%.
No estado de São Paulo, o mais populoso do país, os desligamentos por morte cresceram 76,4%, passando de 4,5 mil para 7,9 mil. De acordo com o Dieese, os estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste são mais marcados pelo trabalho informal, portanto, a maioria dos trabalhadores não consta na base de dados do Novo Caged.
No entanto, os estados do Norte foram os mais afetados pela crise de oxigênio no início do ano, o que explica os percentuais elevados na pesquisa. Em Roraima, o número de desligamentos por mortes saiu de 18 para 50 (177,8%); em Rondônia, 70 para 118 (168,6%); e no Acre, 21 para 44 (109,5%).