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Após assassinato de ex-líder das Farc, tensões aumentam na fronteira da Venezuela

Um dos mais importantes líderes das dissidências das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), Jesús Santrich, foi morto nesta segunda (17) na Venezuela. Segundo informações repassadas por fontes do regime de Nicolás Maduro, ele morreu em um confronto entre facções criminosas, conforme a reportagem da Folha de S. Paulo.

O grupo a que ele pertencia, o Segunda Marquetalia (referência ao nome do local onde nasceu a guerrilha, em 1964), no entanto, disse em nota que o assassinato foi cometido numa emboscada executada por comandantes do Exército da Colômbia “por ordem direta do presidente Iván Duque”.

Santrich era fugitivo da Justiça colombiana e americana, acusado de narcotráfico. Em 2016, ele se juntou aos líderes que negociaram o acordo de paz com o governo da Colômbia, mas, logo depois, voltou a cometer delitos e acabou expulso. Perdeu, assim, o direito de ser julgado pela Justiça Especial de Paz, a JEP, dedicada apenas a ex-combatentes que deixaram a organização.

Jesús Santrich, ex-comandante das Farc
Jesús Santrich, ex-comandante das Farc – Andres Torres Galeano – 30.mai.19/Reuters

A morte de Santrich coloca ainda mais tensão na região de fronteira entre os dois países, que vê enfrentamentos com mortes de civis há algumas semanas. A Colômbia acusa o regime de Maduro de acolher criminosos, guerrilheiros e dissidentes em seu território, enquanto o ditador nega e afirma que a presença de grupos ilegais na Venezuela não é uma política de seu Estado, mas sim uma infiltração comandada pelos EUA e levada a cabo pelo presidente colombiano para desestabilizar o regime.

Na tarde dessa terça (18), antes da confirmação da morte, o ministro da Defesa colombiano, Diego Molano, afirmou que, “se este fato se confirmar, estará comprovado que a Venezuela refugia narcocriminosos”. A Venezuela, por sua vez, ainda não se pronunciou. Na última semana, a Corte Suprema de Justiça da Colômbia havia autorizado a extradição de Santrich aos EUA, para que ele fosse julgado em Nova York.

Entre as informações desencontradas sobre a morte, há rumores também de que Santrich não tenha sido morto nem em disputa de facções nem pelo Exército colombiano, mas que abatido pelo próprio Exército venezuelano, que vem realizando ações na região. Relatório recente da ONG Human Rights Watch denuncia, inclusive, que as forças de segurança venezuelanas estão cometendo abusos de direitos humanos e execuções extrajudiciais na região. Segundo o jornal colombiano El Tiempo, helicópteros do Exército venezuelano sobrevoaram, no domingo (16), a região onde Santrich estava acampado.

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