*Da Redação Dia a Dia Notícia
A situação da cheia dos rios no Amazonas já afetou 414.371 pessoas em 58 dos 62 municípios do estado, atingindo cerca de 103.574 famílias, de acordo com o relatório da Defesa Civil estadual até ontem (17). A cota do Rio Negro, hoje, já é a segunda maior em toda a história.
Na capital amazonense, cerca de 23.960 pessoas foram afetadas e 5.990 famílias atingidas. No Centro, a feira flutuante da Manaus Moderna deverá ser entregue hoje (19), para alojar 220 permissionários, cujos boxes foram afetados pela cheia do rio Negro.
O nível do rio, que até agora marca 29,77m, e já bateu a segunda maior (que foi em 2009) registrado desde 1902. Segundo o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), a probabilidade de que o recorde histórico de 2012 seja ultrapassado é de 56%, podendo chegar até 30,50 m, entre os meses de junho e de julho de 2021.
A “Operação Cheia 2021”, organizada por um comitê da Prefeitura de Manaus, completou hoje 30 dias de atuação. No período, aproximadamente 4 mil metros de pontes foram construídas nos bairros Centro, Educandos, São Jorge, Aparecida, Cidade Nova, Glória e Mauazinho.
Até o fim de maio, a Prefeitura começará a pagar o Auxílio Aluguel, no valor de R$ 300, que será complementado com o Auxílio Enchente, no valor de R$ 200, operacionalizado pelo Fundo Manaus Solidária. Estima-se que mais de 3 mil famílias serão contempladas com o benefício.
Interior
Entre os municípios do interior mais impactados está Manacapuru (distante 80 quilômetros de Manaus), localizado na calha do baixo rio Solimões. Lá, 40.052 pessoas foram afetadas, 10.013 famílias atingidas, sendo 305 desabrigadas e 1.067 desalojadas.
Com o objetivo de minimizar o impacto da enchente, nesta terça-feira, o Governo do Amazonas, o projeto social Parceiros Brilhantes e a Associação Samaúma realizaram a entrega de 200 cestas básicas, além de água potável e materiais de higiene e limpeza, em áreas alagadas de Manacapuru. A ação da parceria se estenderá ainda para Itacoatiara, Iranduba e Lábrea.
No baixo rio Amazonas, Parintins (a 369 quilômetros da capital) apresenta um quadro de 47.035 pessoas afetadas e 11.759 famílias atingidas. No último sábado (15), o município alcançou o nível recorde da cheia de 2009, quando registrou a marca de 9,38 m.