O Governo do Amazonas iniciou, nesta semana, a segunda fase da operação Tamoiotatá, focada na fiscalização e combate ao desmatamento e queimadas no sul do estado. Uma das bases de ações de comando e controle é no município de Humaitá (distante 701 quilômetros de Manaus), onde equipes ambientais e policiais estão atuando em conjunto, com base em imagens de satélite, para evitar queimadas.
A operação conta com apoio estratégico e tático dos órgãos do sistema de segurança pública. “Nesse ano, a operação é visando a derrubada da mata, antes de chegar à parte das queimadas. Temos os pontos pré-destinados para fazer a verificação in loco, através das fotos de satélite, e nós realizamos esse deslocamento dentro de ramais em busca desses locais, para confirmar o desmatamento e procurar o responsável”, ressalta o capitão do Batalhão Ambiental, Victor Vasconcelos.
Foram instaladas no município câmeras de monitoramento para verificar a entrada e saída de veículos, com possíveis cargas de madeiras ilegais. Em uma das ações, foi encontrada uma área com mais de 266 mil hectares desmatada.
O fiscal do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Paladino de Jesus, explica que a operação conta com um suporte tecnológico para detectar as áreas de desmatamento. “Nós utilizamos o sistema Avenza Maps. É um sistema de navegação onde é colocado determinado ponto de desmatamento e ele nos leva até o local. A partir disso, vamos localizar o responsável da área, o tamanho do local e responsabilizar o infrator”, afirma.
A ação integra a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e a Secretaria Executiva Adjunta de Planejamento e Gestão Integrada (Seagi), da SSP-AM, além do Batalhão Ambiental da Polícia Militar, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil do Amazonas.