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Cientistas descobrem homem com superanticorpos contra o coronavírus

Foto: Crédito: RePesquisadores descobrem homem com superanticorpos ao coronavírus

O escritor americano John Hollis, de 54 anos, pode ser uma das únicas pessoas no mundo que não precisa se preocupar em pegar a covid-19. Isso porque ele tem “superanticorpos” contra o coronavírus e às variantes existentes, o que o torna imune à doença. Isso foi descoberto em um estudo feito pela George Mason University, nos Estados Unidos, conforme a reportagem da BBC.

Em abril de 2020, quando o seu colega de casa contraiu a covid-19, John ficou 14 dias em isolamento e esperou pelos sintomas, mas não desenvolveu nenhum sintoma.

John Hollis trabalha como gestor de comunicação na Universidade George Mason, no estado da Virgínia, e em conversa com um pesquisador da instituição, revelou que tinha tido contato com um infetado. O pesquisador, então, aproveitou para convidá-lo John a participar num estudo científico sobre o coronavírus.

Foi aí que os pesquisadores descobriram que John não só tinha contraído o vírus em março, mas também que tinha desenvolvido “superanticorpos” no sangue que conferem a ele imunidade permanente.

O caso é bastante raro, segundo os pesquisadores, que acreditam que os anticorpos de Hollis são uma mina de ouro que podem ajudar a produzir vacinas mais eficazes contra o vírus e suas variantes.

Como isso funciona?

O médico responsável pela pesquisa explicou que os “superanticorpos” atacam várias células da covid-19 ao mesmo tempo, impedindo sua disseminação. O processo é diferente do que acontece na maioria das pessoas, em que os anticorpos não impedem que o vírus contamine as células do corpo.

E ainda, em pessoas com o sistema imunológico comum contra o coronavírus, esse processo leva muito mais tempo, já que o corpo precisa criar esses anticorpos do zero.

Para ter uma noção de como o corpo de Hollis é eficiente no combate às doenças, mesmo se diluídos, os “superanticorpos” ainda seriam capazes eficientes. “Podemos diluir os anticorpos dele em 1 para 1000 e, ainda assim, mataria 99% do vírus”, explicou o pesquisador Lance Liotta à BBC.

 

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