O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) escolheu o delegado Rolando Alexandre de Souza, número 3 da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para comandar a Polícia Federal. A nomeação do novo diretor-geral da instituição foi anunciada hoje em decreto publicado no Diário Oficial da União.
A decisão de nomear Rolando Alexandre de Souza para chefiar a instituição é vista como uma solução para continuar os serviços da agência, enquanto Bolsonaro tenta reverter a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
A opção foi feita depois que o STF barrou a seleção de Alexandre Ramagem, amigo pessoal da família Bolsonaro, para o cargo.
Souza já foi policial rodoviário e agente da PF antes de se tornar delegado. Foi corregedor da unidade da PF em Rondônia e chefe da unidade de Alagoas.
A escolha era dada como certa na noite de ontem no Palácio do Planalto, dependia apenas de o presidente da República não mudar de ideia na última hora. Segundo uma fonte militar, a nova nomeação de Ramagem, de quem Souza é próximo, estava descartada. “Nem pensar: chega de confusão”, confidenciou.
Forças aliadas do presidente insinuaram ontem que ele poderia, em ato contrário à decisão do STF, forçar a nomeação de Ramagem nesta segunda, o que levaria a um acirramento de uma prenunciada “ruptura institucional”.
Bolsonaro, no entanto, foi aconselhado a buscar uma alternativa pacífica enquanto o governo se empenha em elaborar estratégias jurídicas para reverter a decisão no Supremo.
O presidente já deu sinais claros de que brigará até o fim na tentativa de emplacar Ramagem no comando da PF. Na visão dele, a Corte constitucional invadiu competência privativa do chefe do Executivo ao proferir decisão liminar e impedir a nomeação.
*Com informações do Uol.