Um dia após ensaiar um tom mais moderado, usando máscara e fazendo uma defesa mais amena de procedimentos ineficazes, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a atacar governadores que estão adotando medidas restritivas para tentar conter a disseminação do novo coronavírus.
Em audiência virtual com pequenos e micro empresários, ao lado do ministro Paulo Guedes (Economia), nesta quinta-feira (11), o presidente disse que “lockdown não é remédio” e que governadores que restringem serviços em seus estados estão encampando uma luta pelo poder.
Até quando nós podemos aguentar esta irresponsabilidade do lockdown? Estou preocupado com vida, sim “, questionou Bolsonaro.
O presidente se queixou das medidas de restrição “até para cancelar o futebol”, novamente aludindo a medidas anunciadas por Doria. “Ficamos praticamente um ano em lockdown. E começamos este ano, como estamos vendo em alguns estados no Brasil, novas medidas seriamente restritivas. Até para cancelar o futebol”, disse Bolsonaro.
Para o presidente, a adoção de medida restritiva tem apenas uma consequência, que, para ele, é “transformar os pobres em mais pobres”. “Sou preocupado com vidas, antes que peguem um extrato da minha conversa, alguém, e publique nos jornais como se fosse o presidente sem coração. Mas, como sempre disse, a economia e a vida têm que andar de mãos dadas.”
Jair Bolsonaro disse que, no DF, onde está em vigor um toque de recolher entre 22h e 5h, “toma-se medida, por decreto, de estado de sítio”. O presidente disse ouvir das pessoas que elas querem trabalhar.
*Com informações do Diário do Nordeste.