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Crea-AM aponta grave desnivelamento e mais cinco falhas no viaduto do Manoa e faz recomendações ao vice-prefeito 

*Da Redação – Dia a Dia On-line

O laudo técnico do viaduto do Manoa, elaborado pelos engenheiros do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (Crea-AM), e entregue ao vice-prefeito de Manaus, Marcos Rotta, nesta terça-feira (9), na sede do conselho, no Centro de Manaus, apontou diversas falhas, entre elas, o grave desnivelamento na obra. O complexo viário do Manoa foi entregue no dia 31 de dezembro de 2020 pelo ex-prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), e foi interditado no dia 1º de janeiro já na gestão de David Almeida (Avante), por apresentar instabilidade e problemas de sinalização.

Entre os erros apontados pela Crea-AM que comprometem a vida útil da estrutura estão: o desnivelamento, a inclinação acentuada, a especificidade do concreto, a falta de berço amortecedor e metodologia executiva e descumprimento quanto à concretagem executada. A apresentação aconteceu na manhã desta terça-feira (9), na sede do conselho, no Centro de Manaus.

O laudo técnico foi entregue ao vice-prefeito Marcos Rotta pelo presidente do Crea-AM, engenheiro Afonso Lins. Esse documento foi elaborado pelos engenheiros do Grupo de Trabalho Obras Públicas do conselho.

Antes da entrega do laudo, o engenheiro Afonso Lins, o coordenador do GT, engenheiro civil Robson Ferreira, e o coordenador adjunto, engenheiro civil Frank Albert, apresentaram as considerações finais sobre a análise feita na obra do viaduto e as soluções a serem implantadas.

De acordo com o coordenador adjunto do GT, engenheiro civil Frank Albert, se verificou que: houve falhas nos preceitos básicos das boas práticas de engenharia, no que diz respeito as normas pertinentes à execução e controles necessários às estruturas de concreto armado.

“O desnivelamento existente nos encontros das lajes tabuleiros demonstra ter havido falhas no levantamento topográfico, que poderia ter sido resolvido no momento oportuno e não ter sido levado adiante esta etapa da obra, antes que esta questão fosse solucionada”, aponta o relatório produzido pelo Grupo de Trabalho.

O documento também aponta que “a inclinação das rampas de acesso ao viaduto está em desacordo com parâmetros mínimos definidos pelo DNIT. Além de outros itens relacionados ao processo executivo e as evidencias da existência de certos controles”.

Entre as recomendações feitas pelo Crea-AM estão:
– Disponibilizar os relatórios de ensaio de compressão, módulo e flexo-tração referentes ao concreto do tabuleiro;
– Não executar recapeamento com espessura inferior as 100mm, sob o risco de haver desplacamento da camada;
– Executar berços amortecedores nas juntas elásticas;
– Executar uma revisão na concordância das cabeceiras do viaduto, a fim de minimizar o desconforto que será causado aos usuários;
– Realizar reparos nas juntas de concretagem, com metodologia adequada.

 

Em fevereiro passado, os engenheiros do Grupo Obras Públicas do Crea-AM, acompanhados pelo presidente do Regional, realizaram a primeira inspeção sobre o trabalho que havia sendo realizado no local.

 

 

 

 

Nota de esclarecimento

Em nota, o ex-prefeito de Manaus Arthur Neto esclarece que a inclinação do viaduto teve como parâmetro técnico a variação entre o nível da pista – a avenida Max Texeira que apresenta uma curvatura ao longo do trecho, e o nível do próprio viaduto para estabelecer o encaixe das duas cabeceiras, sendo realizados todos os cálculos de engenharia necessários para obedecer aos critérios de segurança.

“Ainda nessa questão, vale deixar claro que o projeto foi feito por uma equipe técnica de engenheiros e calculistas contratados pelo próprio Consórcio que venceu a licitação da obra, inclusive com especialistas vindos de fora, posteriormente também aprovado pelos técnicos da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf). Sobre os divisores de pista é preciso esclarecer que, conforme a proposta para modernização da mobilidade urbana de Manaus, a faixa central foi destinada ao tráfego dos veículos do transporte coletivo, tornando apenas necessária a sinalização de faixas com tachões, por ser uma pista segregada. Estranha-se o fato de não constatarem as juntas de dilatação e os drenos do complexo viário, já que ambas exigências foram executadas e comprovadas em vistoria, conforme é possível verificar em fotografias anexadas. Além do mais, qualquer ajuste ou adaptação necessária à obra está prevista no contrato junto às empresas, ainda vigente, e uma vez que foi feito apenas o recebimento parcial da estrutura”.

Por fim, a assessoria do ex-prefeito Arthur Neto reafirma “o compromisso de sua gestão com os avanços em urbanismo e mobilidade, através da realização do maior pacote de obras já feito por uma gestão municipal, que entregou outros dois complexos viários, além de novos terminais, estações de transferência, novos ônibus e realizou o completo recapeamento dos principais corredores viários da capital, além de vias de interligação dentro dos bairros”.

 

*Com informações da assessoria de imprensa do Crea-AM.

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