Nesta terça-feira, dia 2, no plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o deputado estadual, Dermilson Chagas (Podemos), criticou a gestão atual da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). O parlamentar faz oposição ao atual governo e já foi líder do ex-governador Amazonino Mendes, também do Podemos na Casa Legislativa. Na época, ele defendeu ‘com unhas e dentes’ a consultoria milionária da Giuliani Security & Safety, implantado como GuardiAM 24 no Amazonas na gestão de Amazonino.
A empresa pertence ao ex-prefeito de Nova Iorque, Rudolph Giuliani, e não mudou em nada os índices de criminalidade do Estado, segundo reportagem do site O Poder.
“Infelizmente, Tabatinga, como Manaus e todos os municípios, está à deriva da Segurança Pública. Não temos segurança no nosso Estado”, disse Chagas, que também citou o secretário de Segurança Pública do Estado, coronel Louismar Bonates.
A consultoria, que custou R$ 1,6 milhão ao Estado e tinha previsão de custar R$ 5 milhões, foi alvo de um inquérito, por parte do Ministério Público do Amazonas (MPAM), para apurar a dispensa de licitação do contrato com a empresa de Giuliani.
Na época, o governo de Amazonino alegou que a atividade a ser desenvolvida pela empresa no Amazonas “diz respeito à prestação de serviços de assessoria e consultoria, visando identificar medidas que torne mais eficientes à repressão e à criminalidade no Estado do Amazonas”.
Em 2020, o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) arquivou o processo de investigação movido contra a gestão de Amazonino. Na época, a conselheira Yara Lins, julgou improcedentes os argumentos do Ministério Público de Contas (MPC), que sugeriu irregularidades na contratação.
O procurador de Contas Ademir Pinheiro do MPC acreditava haver irregularidades no valor pago à empresa de Giuliani, R$ 5,6 milhões. Mas os argumentos usados por ele não foram aceitos pelo TCE-AM.
Pedido
Em agosto do ano passado, a deputada Joana Darc (PL) cobrou de Dermilson Chagas a apresentar as ações de Segurança e o contrato que o Estado teve com a empresa de Giuliani, porém, até hoje o parlamentar não apresentou os dados ao Poder Legislativo.