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Ex-governadores tiveram, juntos, R$ 28 bilhões só para saúde, mas deixaram de investir em UTIs ou usinas de oxigênio no interior do Amazonas

*Da Redação

Nos últimos dezesseis anos, entre 2003 e 2018, os ex-governadores do Amazonas, Eduardo Braga, Omar Aziz, José Melo e também David Almeida  – na condição de governador interino, tiveram para investir na área da Saúde uma quantia de mais de R$ 28,5 bilhões, conforme dados orçamentários publicados no portal da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (atual SES e antiga Susam). A falta de investimento dos governos anteriores escancarou a escassez de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) no interior do Amazonas e a dificuldade de expansão da rede hospitalar na capital.

A atual crise de saúde na rede estadual revela que os valores não foram investidos de maneira suficientemente correta para atender as necessidades da população que aumentaram devido à pandemia causada pelo novo coronavírus.

De acordo com reportagem do site O Poder, o histórico do percentual gerido pelos ex-governadores foi extraído dos Relatórios de Gestão Anual da Secretaria de Saúde do Amazonas e pode ser consultado na página da pasta no endereço eletrônico: saude.am.gov.br/servico/rag.php.

 

 

Conforme balanço orçamentário, entre os anos de 2003 e 2018, os ex-governadores do Amazonas tiveram à disposição, para investir no segmento da Saúde, um total de R$ 28.596.210.285,13.

Durante o período de gestão dos ex-governadores, em que tiveram à disposição para investir no segmento da saúde um total de R$ 28.596.210.285,13, ao dividir o valor total, ano a ano, observa-se, conforme os relatórios de gestão, que foram aplicados na Saúde do Estado: R$ 740.732.134,68, em 2003; R$ 884.731.376, em 2004; R$ 1.016.537.229, em 2005; R$ 1.098.139.504, em 2006; R$ 1.225.904.747, em 2007; 1.206.872.025, em 2008; R$ 1.591.672.061, em 2009 e R$ 1.705.030.986,81, em 2010.

Na década seguinte, foram aplicados:  R$ 1.847.750.804,85, em 2011; R$ 1.955.255.791,63, em 2012; R$ 2.402.368.237,99, em 2013; R$ 2.628.231.873,23, em 2014; R$ 2.558.382.192,60, em 2015; R$ 2.651.498.335,88, em 2016; R$ 2.379.873.327,76, em 2017 e R$ 2.703.229.657,70, em 2018.

Apesar do volume de dinheiro destinado para a área da saúde, não foi instalada nenhuma UTI na rede pública de saúde do interior do Estado, revelando que os ex-gestores não ampliaram, consideravelmente, a rede hospitalar pública da capital.

Nos últimos 35 anos apenas dois hospitais da rede pública foram inaugurados e que estão atendendo e tratando os casos graves de covid-19 em Manaus: o Hospital e Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto em 1986 pelo então governador Gilberto Mestrinho e o Hospital Delphina Rinaldo Abdel Aziz em 2006 pelo ex-governador José Melo.

 

Leitos de UTI estagnados

Ainda segundo dados publicados pela Secretaria de Estado de Saúde, nos anos anteriores não houve um grande aumento no número de leitos de UTIs instalados na capital, com os números evolutivos estagnados.

Conforme o balanço, em dezembro de 2009 havia 202 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo instalados em Manaus e após 10 anos, em dezembro de 2019, um total de 364 leitos. Com base nisso, em uma década houve um acréscimo de 162 leitos.  O número só foi potencializado com o avanço da pandemia e consequentemente a rede pública hospitalar da capital passou a contar, em dezembro de 2020, com 536 leitos de UTI à disposição da população.

Pedido de intervenção

Mesmo dispondo de R$ 9,4 bilhões para investir em Saúde em seus dois mandatos (de 2003 e 2010), o ex-governador e atual senador Eduardo Braga (MDB) pede intervenção federal na Saúde do Amazonas por suposta ‘inoperância’ do atual governo estadual em administrar recursos

No dia 11 de fevereiro deste ano, ocasião em que o ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo, participou de sessão no Senado, em Brasília, o Braga usou da palavra para cobrar ações do ministério para o enfrentamento da pandemia no Amazonas. Em sua fala, ele pediu agilidade para a providência de vacinas e mencionou que, em 14 de janeiro deste ano, sugeriu ao ministro uma intervenção federal na Saúde do Amazonas, alegando ineficiência por parte da atual gestão do governo do Estado para conter o avanço da pandemia.

No período em que foi governador do Estado do Amazonas, Braga geriu R$ 9.469.620.063,49 à disposição da Saúde, sem prover o interior do Estado com leitos de UTI.

Hoje, nenhum dos 61 municípios do Amazonas conta com leito de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e com isso, a população precisa ser transferida para a capital ou para outras cidades brasileiras para que tenha atendimento e tratamento emergencial.

De acordo com as informações contidas no portal da Secretaria de Estado de Saúde, em seu primeiro ano como governador (2003), Eduardo Braga administrou na pasta da Saúde R$ 740.732.134,68; no segundo ano (2004), R$ 884.731.376; no terceiro ano (2005), R$ 1.016.537.229; no quarto ano (2006), R$ 1.098.139.504; no quinto ano (2007), R$ 1.225.904.747, no sexto ano (2008), R$ 1.206.872.025; no sétimo ano (2009), R$ 1.591.672.061 e no oitavo ano de mandato (2010), R$ 1.705.030.986,81.

FONTE DOS DADOS ORÇAMENTÁRIOS:

http://www.saude.am.gov.br/servico/rag.php

DISCURSO DO SENADOR EDUARDO BRAGA:

https://www.facebook.com/EduardoBraga15/videos/ministro-pazuello/419724495983266/?__so__=permalink&__rv__=related_video

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