O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), anunciou que não está confirmado um lockdown no Amazonas. No entanto, algumas medidas para restringir a circulação de pessoas foram anunciadas. As medidas, que começam a valer nesta segunda-feira, 25, vêm após um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para frear o contágio da Covid-19 no Amazonas. Entre as determinações está a ampliação do toque de recolher em Manaus e no interior do Estado para 24 horas.
Segundo ele, há muita gente disseminando informações que não são verdadeiras.
“Estão propagando muita fake news. O que vai constar nesse decreto e ele começa a valer a partir de segunda-feira. Supermercados estão abertos de 6h às 19h, limitado a produtos de alimentação, bebidas, limpeza, higiene pessoal. Farmácias estão abertas durante 24 horas. Também estão abertos os serviços de saúde, clínica e serviço de urgência, emergência, clínicas veterinárias, atendimento a domicílio e atendimento de saúde mental”, disse.
O decreto com o novo horário do toque de recolher será publicado na segunda-feira (25) e valerá por dez dias. Atualmente, o decreto de restrições de pessoas é entre 19h e 6h.
Segundo o governador, durante o toque de recolher as pessoas poderão sair para ir aos supermercados, farmácias e trabalhar nos serviços essenciais.
Os supermercados estarão funcionando de 6h às 19h, para venda de produtos de alimentação, de limpeza e higiene pessoa, e bebidas.
As farmácias e clínicas, incluindo as veterinárias, estarão abertas 24 horas.
As feiras poderão funcionar de 4h às 8h; e restaurantes e lanchonetes manterão apenas o sistema de delivery de 6h às 22h.
Os bares com CNAE de restaurante poderão atender no mesmo sistema de entrega em casa.
A indústria funcionará em turnos de 12 horas com exceção das empresas que atendem com produção para hospitais e serviços de alimentação e os essenciais.
Postos de combustíveis também poderão funcionar sem a abertura das lojas de conveniência.
O setor de cargas e transporte estará limitado ao atendimento de itens e de trabalhadores dos setores essenciais.
Restrição à venda de produtos
Foi definido, ainda, que só será permitida a venda de produtos de higiene, limpeza e alimentação nos supermercados, padarias e feiras, e de medicamentos, produtos farmacêuticos e de higiene nas drogarias e farmácias, sendo vedada a comercialização de qualquer outro tipo de produto, como forma de reduzir a circulação de pessoas nestes espaços.
Para isso, os estabelecimentos terão que restringir o acesso aos produtos cuja venda está suspensa. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Drogas do Amazonas (Sindrogas), Alarico Rodrigues, garantiu que a entidade vai atuar para que as drogarias cumpram as restrições de venda.