Em reportagem divulgada, nesta terça-feira, dia 28, pela Agência Estado, a Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário (Abredif) informou, que caso a média de 130 mortes causadas pelo coronavírus por dia seja mantida, Manaus poderá ser obrigada a sepultar as vítimas em sacos plásticos nas próximas semanas.
A Abredif também informou que solicitou ao governo federal um avião de carga para o transporte de 2 mil urnas para a capital do Amazonas. Segundo a entidade, existem apenas mil urnas no estoque da cidade, uma das mais afetadas pela pandemia.
A entidade enviou uma carta à Secretaria de Articulação Social do governo federal, no último fim de semana, alertando para a gravidade do problema. De acordo com o presidente da associação, Lourival Panhozzi, há a necessidade imediata de reforço no estoque. “Se o governo não oferecer um avião para o transporte de urnas, poderemos chegar ao ponto de termos corpos jogados nas esquinas. O transporte rodoviário demora dias e a necessidade é imediata”, afirma.
O colapso no setor funerário descrito pela entidade está sendo vivido pelo Equador. Após vídeos que mostram cadáveres pelas ruas de Guayaquil, no sudoeste do país, a cidade sofre com a falta de caixões. As vítimas são enterradas em caixas de papelão, desobedecendo normas sanitárias do governo.
Nesta segunda-feira, dia 27, o Amazonas registrou mais 95 casos de Covid-19, totalizando 3.928 casos confirmados do novo coronavírus no Estado, segundo boletim epidemiológico divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM). Também foram confirmados mais 16 óbitos pela doença, elevando para 320 o total de mortes.