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Mesmo com protesto de profissionais da saúde, Governo do Amazonas diz que tem abastecido as unidades de saúde

Divulgação/ Redes Sociais

Cerca de 200 profissionais da saúde, entre enfermeiros e técnicos de enfermagem que atuam no Hospital e Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto, no bairro Adrianópolis, zona centro-sul da capital, paralisaram suas atividades, por cerca de uma hora, na manhã desta segunda-feira (27), como forma de protesto pelos salários atrasados, a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), falta de materiais para higienização, entre outras estruturas de trabalho que faltam na unidade.

A manifestação vem sendo anunciada deste ontem e teve aderência de médicos que trabalham na unidade de saúde. Vídeos e fotos foram divulgadas nas redes sociais.

Nesta segunda-feira, dia 27, o Governo do Amazonas, por meio da Central de Medicamentos do Amazonas (Cema), informou que tem abastecido todas as unidades de saúde com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), insumos, medicamentos e testes rápidos para Covid-19. Atualmente, segundo o governo, a Cema conta com estoque de todos os equipamentos preconizados pelo Ministério da Saúde para serem utilizados pelos profissionais que estão na linha de frente do combate à Covid-19.

Entre os principais equipamentos disponíveis no estoque da Cema estão 33.428 aventais (entre descartáveis, impermeáveis e cirúrgicos); 5.395 protetores faciais; 392.302 máscaras (entre cirúrgicas e N-95); 523.800 toucas; 129 óculos de proteção; 8,9 milhões de pares de luvas de procedimento; 244.472 luvas cirúrgicas e 1,2 milhão de sapatilhas descartáveis.

 

A Central conta, ainda, com 7.623 litros de álcool em gel, 61.127 litros de álcool líquido e estoque satisfatório de medicamentos como hidroxicloroquina, azitromicina, além de testes para Covid-19. A distribuição nas unidades é feita conforme demanda apresentada à Secretaria de Estado de Saúde (Susam).

 

“O estoque aqui na Central de Medicamentos é muito dinâmico. Avental, máscaras, a gente recebe quase diariamente e, quando a gente recebe, já fazemos a distribuição para as unidades da capital e do interior. Temos estoque, hoje, de todos os Equipamentos de Proteção Individual. Alguns com estoques mais confortáveis e outros com estoque um pouco crítico, pela questão de falta de matéria-prima mundial mesmo”, ressaltou Rafael Poloni, coordenador da Cema, ao frisar que todas as unidades de saúde estão abastecidas.

 

O estoque da Cema é mantido por meio de aquisições feitas pelo próprio Governo do Estado; envios de materiais pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde; além de doações de empresas da iniciativa privada.

 

HPS 28 de Agosto

O governo informou ainda que no Hospital e Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto, uma das principais unidades de saúde de portas abertas do Estado, a obrigatoriedade do uso de EPIs vem sendo cumprida mesmo com o aumento da demanda, segundo a diretora da unidade, Alessandra dos Santos.

 

“Meu consumo diário é de 450 batas impermeáveis. Máscara N-95, a gente libera a cada 20, 15 dias. Eles (profissionais de saúde) assinam um protocolo quando recebem a N-95. No dia a dia, todos eles recebem o avental impermeável, os óculos de proteção cada um tem o seu, e isso é permanente do profissional. Eles recebem touca, máscara cirúrgica, isso é liberado diariamente para todos os profissionais da enfermagem”, assegurou Alessandra, destacando que todos os EPIs preconizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são utilizados.

 

O HPS 28 de Agosto recebeu da Cema, na última sexta-feira (24/04), 1.550 aventais impermeáveis, 1 mil protetores faciais, 3 mil máscaras cirúrgicas, 1 mil toucas; além de 1 mil sapatilhas descartáveis, que chegaram entre os dias 14 e 16 de abril; e 2.050 óculos de proteção facial, que foram entregues nos dias 17 e 18 de abril.

 

Estrutura

A unidade foi estruturada para atender a demanda da Covid-19. De acordo com a diretora, dos 379 leitos, 160 estão recebendo pacientes do novo coronavírus, sendo o quinto andar do complexo reservado apenas para casos confirmados.

 

“Devido à necessidade, nós resolvemos esvaziar o quinto andar, transferir esses pacientes ‘não Covid’ que estavam aqui para outras unidades, e passamos a receber pacientes da Sala Rosa. Quando já estão estáveis, vêm para o quinto andar terminar o tratamento e receber alta. Diante dessa situação toda, a gente viu a necessidade de montar, também, vestuários em cada andar, para o profissional de enfermagem poder trocar a roupa”, observou a gestora.

 

 

 

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