O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), está ampliando os leitos de retaguarda e vai abrir 112 leitos nos hospitais de retaguarda para receber pacientes do Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz que estão fora do período de transmissibilidade, mas ainda necessitam de acompanhamento médico para a conclusão do tratamento.
A SES ampliou atendimento dos pacientes em cinco unidades da rede estadual, federal e conveniada ao Sistema Único de Saúde (SUS), entre elas estão: o Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), Hospital Beneficente Português de Manaus, Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ), Fundação de Medicina Tropical Dr Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) e Hospital Geraldo da Rocha.
O secretário da SES-AM, Marcellus Campêlo, explica que parte dos pacientes que foram acometidos pela Covid-19 tem alta permanência nos leitos, estendendo a necessidade de cuidados médicos por mais tempo, mesmo após o fim do período de transmissibilidade da doença.
“Nós estamos reestruturando a rede de saúde para utilizar os hospitais novos, por exemplo, a Beneficente portuguesa e o Hospital Universitário Getúlio Vargas para nos auxiliar como retaguarda na rede, COVID e com outros tipos de comorbidade”, explicou o secretário.
O secretário ressalta que o Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Delphina Aziz continua como referência para o tratamento da doença. Todas as portas de urgência e emergência, o que inclui SPA, UPAs e HPSs realizam o primeiro atendimento, e a transferência é realizada via ambulância para o Delphina, caso haja necessidade de internação.
Ações avançam
Para fazer frente à demanda por leitos, a SES-AM colocou em operação o plano de contingência no período de recrudescimento da doença no Brasil, que coincide com o período sazonal da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no estado, que vai de novembro a maio.
Dividido em fases, o plano prevê também o aumento nos leitos de retaguarda. Com os esforços da SES-AM, os hospitais de retaguarda passaram a ter mais 23 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 89 leitos clínicos, para pacientes Covid que encontram-se fora do período de transmissibilidade, mas que necessitam ainda de assistência hospitalar.
Ao todo, a rede estadual de saúde dispõe hoje de 600 leitos exclusivos para Covid-19, 209 de UTI e 391 leitos clínicos.
Prevenção é a melhor opção
Com servidores trabalhando na linha de frente do combate ao novo coronavírus, a gerente de hospitais e fundações da SES-AM, Fabiana Maciel, pede o esforço da população para ajudar a conter o avanço do vírus.
“Nós estamos trabalhando direto, 24 horas por dia, de domingo a domingo, para poder abrir leitos de retaguarda para o Delphina, que é o hospital de referência para a Covid. Nós precisamos que a nossa população, em geral, se sensibilize em manter as medidas não farmacológicas tais como: usar a máscara em tempo integral, higienizar as mãos e evitar aglomerações”, recomendou.