Após a morte de uma menina de apenas um ano e seis meses, a população do município de Barreirinha (a 331 quilômetros de distância da capital) se revoltou e quis fazer justiça com as próprias mãos, invadindo a delegacia da cidade para linchar o suspeito de ter estuprado e matado a própria enteada. O ato ocorreu na noite desse domingo (20).
O caso revoltou moradores que se reuniram em protesto na frente da delegacia da cidade. Em determinado momento, um grupo tentou entrar na carceragem para arrancar o preso à força e linchá-lo, porém, um grande tumulto começou.
Uma das viaturas foi depredada e incendiada, assim como parte da delegacia. O preso foi retirado da unidade para ser transferido para outro local, mas foi atacado pelo grupo de populares.
Os policiais reagiram e no meio do confronto, tiros foram disparados e quatro pessoas ficaram feridas, uma delas morreu no hospital da cidade. PMs de Parintins foram acionados para tentar conter os populares.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP/AM), outros policiais da capital também foram enviados para Barreirinha para reforçar a segurança no município.
Por questões de segurança, o suspeito de cometer o crime deve ser transferido nesta segunda-feira (21) para Parintins.
O secretário da Segurança Pública do Amazonas, Louismar Bonates, afirmou que as investigações já foram iniciadas para tentar identificar o autor dos disparos que provocaram a morte do manifestante. “A população não pode fazer justiça com as próprias mãos, porque passam a ser homicidas também. Elas têm que acreditar no Estado e na Justiça”, afirmou.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que:
“(…) a Polícia Militar do Amazonas encaminhou reforços para Barreirinha em virtude de depredações registradas após a prisão de um infrator suspeito de estupro de vulnerável. No momento, a situação no município está sob controle. Caso seja necessário, serão enviados mais reforços policiais. A Polícia Civil deve encaminhar esta semana uma equipe para investigar o crime e apurar a depredação do patrimônio público”.
* Com informações do G1, Portal do Holanda e Fato Amazônico