*Audrey Bezerra – Dia a Dia On-line
Afastada da política partidária desde as eleições de 2018, a ex-deputada federal e economista Rebecca Garcia (Progressista), em entrevista ao Dia a Dia, diz que vem se dedicando a um novo trabalho, a marca Simbioze Amazônica, uma linha de produtos orgânicos, veganos a base de matéria-prima oriundas da Amazônia. Segundo ela, o empreendimento nasce para atender o mercado consumidor nacional e internacional desenvolvidos pela Biozer, startup amazonense especializada em inovações com espécies nativas.
“Hoje não faz parte do meu projeto (voltar à política partidária). Quando me envolvo em um trabalho gosto de me entregar por inteiro, dedicação total. É o que tenho feito no âmbito empresarial”, declarou.
Rebecca esteve na vida pública durante 10 anos, foi deputada federal pelo Amazonas de 2006 a 2015, tendo sido eleita em 2006 e reeleita em 2010. Em outubro de 2015, ela assumiu como superintendente da Superintendência da Zona Franca de Manaus (ZFM) e saiu em 2017.
O Progressista, antigo PP, era comandado pela família Garcia, pelo pai de Rebecca, Francisco Garcia, atualmente, segundo ela, o partido vem sendo presidido pela família Lins – dos deputados federal e estadual, Átila e Belarmino Lins, respectivamente.
“Estive na vida pública durante 10 anos, contudo a participação política eleitoral não exclui o trabalho político, que pode ser social ou empresarial, por exemplo. Sempre estarei de alguma maneira contribuindo para o desenvolvimento do nosso Estado, no momento optei por contribuir por meio da iniciativa privada”, ressalta.
Diante dos desafios econômicos envolvendo o futuro da Amazônia, empresas da Zona Franca de Manaus (ZFM) estão se adequando a novas demandas mundiais, incluindo negócios inovadores na bioeconomia, capazes de diversificar a matriz produtiva e gerar mais oportunidades de receita e emprego com o uso sustentável dos recursos naturais da região amazônica. Rebecca Garcia diz que acredita no potencial desse novo modelo econômico.
“Na verdade não segui pelo ramo das Startups, mas acreditei no potencial desse novo modelo empresarial e enxerguei nele uma possibilidade de desenvolvimento econômico para nosso Estado. Logo, após cuidadosa curadoria por minha parte, levando em consideração qualidade, compromisso social e ambiental, encontrei na Biozer a parceria ideal para juntos desenvolvermos um projeto que pretendemos que seja modelo para ser replicado e assim fortalecer nossa economia”, explicou, acrescentando ainda que tem visto no dia a dia como a bioeconomia é uma realidade na região. “A região tem grande potencial. Dessa maneira unimos Indústria, Startup e comunidade fazendo possível a interiorização da Zona Franca de Manaus, visto que a matéria-prima vem de comunidades do interior do Estado. Estou inteiramente satisfeita com os resultados”, afirmou.
Segundo ela, o governo precisa investir na bioeconomia no Amazonas.
“Definitivamente, se não acreditasse no potencial desse segmento não estaria investindo tempo e dinheiro. Tenho muita convicção desse segmento, sempre defendi como parlamentar, como superintendente da Suframa e como candidata ao governo do Estado. O investimento por parte do governo é muito importante, mas a iniciativa privada é fundamental para a sobrevivência do modelo, logo essa parceria é necessária”, completou.