*Náferson Cruz – Revista Cenarium
Devido ao isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus, aliado à intensa chuva que caiu no início da tarde deste domingo, 29, muitos eleitores optaram por não irem às urnas no segundo turno das eleições municipais.
Em Manaus, a abstenção ficou acima da casa dos 22%, o que representa 298.712 votos de um universo de 1.032.901 eleitores, sendo 910.717 (88,17%) votos válidos, em 3.371 seções apuradas.
A soma de abstenções, votos em branco e nulos chegou a 11,83%, 43.232 e 78.952 votos, respectivamente, ou seja, os eleitores ausentes foram decisivos nas eleições municipais deste ano.
O candidato do Avante, David Almeida, foi eleito com 51,27% (466.970) dos votos, colocando uma diferença de 23.223 votos para o seu adversário, Amazonino Mendes (Podemos), que obteve 48,73% da preferência dos eleitores, 443.747 votos.
Abstenções no País
A abstenção foi maior no segundo turno das eleições municipais deste domingo na comparação com pleitos anteriores. Até o momento, sem que a apuração tenha sido concluída em todo o País, 29,6% do eleitorado brasileiro não foram às urnas, mantendo a tendência de alta do não comparecimento registrada no primeiro turno. A taxa é a maior desde ao menos 2000, quando a abstenção ficou em 16,2%.
São, ao todo, segundo dados atualizado até às 19h40, pouco mais de 11,4 milhões de eleitores que não optaram por um candidato a prefeito nas 57 cidades com segundo turno. Matematicamente, não há como o percentual ser menor do que o registrado em 2016, quando 21,6% não compareceram no segundo turno, o equivalente a 7,1 milhões de eleitores.
Se comparado ao primeiro turno, há aumento no número de brasileiros que não compareceram. No último dia 15, 23,14% dos eleitores não foram às urnas.