O candidato à Prefeitura de Manaus, David Almeida (Avante), chegou hoje, 29 de novembro, por volta das 8h15, no bairro Morro da Liberdade, zona Sul, para votar no colégio estadual Antônio Lucena Bittencourt. Ele chegou mais cedo ao local de votação do que anteriormente havia previsto para comparecer às 10h ao enterro de sua mãe, que morreu no sábado, dia 28, vítima da Covid-19, em Manaus.
Ele votou na Zona 31, Seção 369. A região é tradicionalmente reduto eleitoral de David em Manaus.
David Almeida é candidato da coligação “Avante Manaus”, composta pelos partidos Avante, PMB, PTC, PRTB, PV, DEM e PROS.
Ao citar o falecimento da mãe, Raimunda Rosa Almeida, o candidato afirmou que não fez campanha no segundo turno porque teve que acompanhar a mãe que estava internada há três semanas.
David estava acompanhado da filha Fernanda Almeida e do candidato a vice-prefeito de Manaus Marcos Rotta (DEM). “A nossa eleição representa o povo”, disse. Ele também agradeceu ao seu vice por ajudá-lo a realizar a campanha:
“A situação da minha mãe me paralisou durante os últimos 15 dias. Desde a eleição do primeiro turno, eu consegui ir para a rua um dia, foi quando ela teve uma melhora. Chamei o Marcos Rotta para agradecer, porque ele fez a campanha esse período todo”.
Na entrevista à imprensa após votar, David revelou que a família sofreu ameaças e que tem sido alvo de ataques mesmo diante da morte da mãe. Ele disse ainda que precisou retirar familiares do bairro onde residem por ameaças que receberam de adversários.
“Não é fácil alguém com minhas origens e condições desafiar a tudo e a todos. Pessoas que vêm saqueando o estado há 38 anos. Meu Deus, não posso entender tanta gente aceitando a mentira. Tanta enganação. Nossa programa, meu e do Rotta, durante toda eleição só fizemos propostas e ideias. Nós também apresentamos soluções para Manaus, mas ameaçamos as pessoas que geraram o caos nesse estado e nessa cidade. Estado rico, uma cidade rica, o povo pobre e miserável. Alguns meses atrás todos me cercavam para me atrair. Não aceitei me unir a eles porque se eu aceitasse os sonhos e a esperança de quem mora na periferia dessa cidade serão sepultados do jeito de que todos os outros que me antecederam. Essa gente que me ataca não suporta gente decente. Minha mãe descansa hoje, mas estaria com vergonha de tudo que fizeram. Na eleição passada atacaram a mim, minha mãe e até minha esposa. Nessa eleição de novo, não respeitam nem a dor. A minha família toda mora aqui no bairro e tive que tirar todos. Ninguém da minha família dormiu em casa de tanta ameaça. Sabem que vão ser desmascarados se por assim entender e sabem que comigo não tem acordo”, afirmou David Almeida.
O segundo turno acontece de 7h às 17h.