*Da Redação Dia a Dia On-line
Nas redes sociais, o deputado estadual Saullo Viana (PTB) publicou que não entende o envolvimento do nome dele na operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) realizada neste segunda-feira, dia 23, no Amazonas. Ele é um dos alvos da operação Ponto de Parada, que cumpriu 4 mandados de prisão e 11 de busca e apreensão contra suspeitos de integrarem um esquema de corrupção em contratos de merenda.
O deputado Saulo tem foro privilegiado por conta do cargo de deputado estadual e não pode ser preso.
O político é suspeito de crimes como lavagem de dinheiro, associação criminosa e fraude em licitações. Em 2017, uma empresa que teria Vianna como sócio secreto teria participado de um processo licitatório no município de Presidente Figueiredo para o fornecimento de transporte escolar para instituições locais.
A empresa em questão teria obtido vantagens no processo e acabou ganhando o contrato. O esquema foi descoberto pela PF e os mandados foram emitidos. Eles estão sendo cumpridos em condomínio de luxo de Manaus, os nome dos outros alvos ainda não foram divulgados.
Em uma publicação, o parlamentar disse que está à disposição das autoridades para colaborar no trabalho de investigação sobre as denúncias relacionadas a licitações em Presidente Figueiredo, em 2017.
“Meu trabalho como parlamentar desde 2019, quando assumi o cargo, inclusive é fiscalizar a aplicação de recursos públicos e sou muito cioso com essa função. Vou procurar me inteirar dos autos para entender o envolvimento do meu nome nessa acusação para que eu transmita as informações necessárias e de forma transparente como sempre faço para a sociedade”, diz a publicação.
Saullo Viana conclui dizendo ainda “Continuo firme no meu trabalho de servir ao Amazonas”.
Operação
A Operação Ponto de Parada consiste no cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão e 4 de prisão temporária no município de Manaus (AM). O trabalho conta a participação de quatro servidores da CGU e cerca de 40 policiais federais.
O trabalho teve como origem o Programa de Fiscalização de Entes Federativos da CGU no município de Presidente Figueiredo (AM), no segundo semestre de 2019, resultando na verificação de fraudes na contratação de empresa para transporte escolar e na aquisição de combustível para o transporte escolar. As ilicitudes ocorreram nos exercícios de 2017 e 2018.
Os auditores observaram que a empresa contratada para o transporte escolar atuava como mera intermediadora na prestação dos serviços, o que gerou um superfaturamento de R$ 3.903.405,70, com recursos federais. Já a aquisição de combustível para o transporte escolar apresentou um superfaturamento de R$ 1.865.091,81, com recursos ordinários do município.