Dois dias depois do assassinato de João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, após ser brutalmente espancado por seguranças de um supermercado Carrefour em Porto Alegre (RS), o Grupo Carrefour no Brasil se pronunciou publicamente.
Em espaço pago durante intervalo do Jornal Nacional, na TV Globo, nesse sábado, dia 21, lideranças do grupo pediram desculpas pela “tragédia de dimensões incalculáveis” e prometeram ações para combater o racismo estrutural no Brasil.
Noel Prioux, presidente do Grupo Carrefour, disse que o assassinato de João Beto está além de sua compreensão. “Como homem branco e privilegiado que sou”, ressaltou.
Segundo Prioux, a morte de João Alberto não pode passar em vão. “É por isso que assumimos hoje o compromisso de ajudar a combater o racismo estrutural”. O presidente do grupo ainda prometeu divulgar, nos próximos dias, as iniciativas e o comitê dedicado a esta causa.
Já João Senise, vice-presidente de Recursos Humanos, destacou que o que aconteceu em Porto Alegre “não representa quem somos e nem os nossos valores”. E informou que “57% dos colaboradores do Carrefour são negros e negras e mais de um terço dos gestores se declaram pretos ou pardos”.
Veja o comunicado na íntegra:
Comunicado Carrefour pic.twitter.com/YwRoqfUZOz
— Carrefour Brasil (@carrefourbrasil) November 22, 2020