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Operação Sangria: presos são levados ao sistema prisional do Amazonas

Foto: Revista Cenarium/Ricardo Oliveira)

*Da Revista Cenarium

Após prestarem depoimento ao longo da manhã na sede da Polícia Federal (PF), os cinco presos temporários da segunda fase da Operação Sangria deflagrada nesta quinta-feira, 8, realizaram exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e nenhum dos envolvidos falou com a imprensa.

Foram presos temporariamente por cinco dias Rodrigo Tobias, ex-secretário de Saúde; Dayana Mejia, ex-secretária de assistência da antiga Susam; o médico Ronald Caldas Santos e os empresários Luiz Carlos Avelino Júnior, marido da ex-secretária de Comunicação, e Gutemberg Alencar.

A segunda fase da operação tem o intuito de aprofundar a apuração sobre uma organização instalada no Governo do Amazonas com o objetivo de desviar recursos públicos destinados a atender necessidades da pandemia de Covid-19 no Estado. Os investigados são suspeitos de práticas como peculato, lavagem de dinheiro e também de promover a dispensa de licitação fora das hipóteses previstas em lei. Se condenados, podem cumprir até 30 anos de prisão.

De acordo com as investigações da PF, Dayana Mejia e Rodrigo Tobias se reportavam, frequentemente, ao vice-governador para tratar de contratos da área de Saúde, inclusive sobre pagamentos e que Carlos Almeida tinha grande influência na gestão da Secretaria de Saúde, pasta na qual atuou durante os três primeiros meses de governo.

“Ao longo das investigações, foram constatados indícios de que o vice-governador [Carlos Almeida] tinha ingerência e influência direta nas decisões da Secretaria de Saúde”, disse o delegado Henrique Silva, durante entrevista coletiva.

Sobre a empresa fornecedora de respiradores, o delegado federal disse que, por meio da investigação, foi constatado que a empresa é de fachada, devido ao endereço do estabelecimento se referir a uma residência.

As investigações apontam também indícios de participação do empresário Luiz Carlos Avelino Júnior, marido da ex-secretária de Comunicação Daniela Assayag, que atuava como articulador entre o governo e a empresa contratada. De acordo com o delegado, o processo de contratação foi manipulado para que a empresa pudesse ser contratada.

“Foi possível identificar que o processo de contratação dos ventiladores foi tudo manipulado, conforme a proposta apresentada pela empresa investigada. Embora os ventiladores da empresa não tivessem as especificações técnicas exigidas pelo certame, o procedimento foi todo manipulado e alterado visando a legalização e a viabilização da contratação da empresa”, apontou Silva.

Operação Sangria

A operação Sangria foi deflagrada em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), e cumpre 14 mandados judiciais expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Durante a primeira fase as investigações, apontaram supostas fraudes e desvios na compra de respiradores, com dispensa de licitação de uma importadora de vinhos, e os equipamentos deveriam ser destinados ao combate ao novo coronavírus, que causa a doença Covid-19.

Posicionamento

Em nota, o Governo do Amazonas disse que está contribuindo com a apuração dos fatos e que a ação de busca e apreensão envolve, em grande parte, pessoas que já não fazem mais parte da estrutura do governo.

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