Por: Secretaria Municipal de Comunicação
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No dia 29 de maio de 2020, uma mulher de 34 anos morreu no Pronto-Socorro Platão Araújo, na zona Leste de Manaus, após ter sido ferida por uma linha de pipa com cerol (mistura com cola de sapateiro e vidro moído). A mulher estava dirigindo sua motocicleta no bairro Cidade de Deus, na zona Norte, a caminho do trabalho, quando foi atingida pela linha e teve o pescoço cortado. E apesar do socorro prestado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência Móvel (Samu), ela não resistiu aos ferimentos.
No mês seguinte, ainda em Manaus, um policial militar também teve o pescoço atingido por cerol, nas proximidades do Complexo Viário Gilberto Mestrinho, no Coroado, zona Leste. A vítima sobreviveu, mas carrega consigo as marcas do episódio.
Estas são apenas duas das vítimas que o cerol faz cotidianamente. Em Manaus, no segundo semestre do ano, quando o verão é intenso, é comum ver grupos reunidos pelas ruas empinando pipas e papagaios e utilizando o cerol para cortar os fios de outras pipas próximas, uma prática perigosa e fatal.
Na tentativa de eliminar o risco, vereadores de Manaus aprovaram e enviaram à Prefeitura de Manaus projeto que virou lei, de n. 1968, no ano de 2015, que dispõe sobre a proibição de venda de cerol em áreas públicas e de uso comum, porém com a grande disseminação da prática e o consequente comércio de cerol por todas as zonas da cidade, a fiscalização torna-se difícil.
Patrimônio histórico, cultural e imaterial de Manaus, a brincadeira de papagaio e pipa não é proibida, porém ela deve ser feita de forma saudável, sem o uso de cerol, material perigoso tanto para a pessoa que manuseia a pipa quanto para quem está nas redondezas e pode ser atingido pelos fios imperceptíveis. Além disso, quem empina pipas e papagaios deve ficar atento e brincar longe de fios elétricos e de ruas movimentadas. Deve-se evitar também lajes e telhados pelos riscos de quedas. Lembre-se: mais do que nunca, a vida precisa de cuidados. Quem usa cerol, brinca com a vida.