*Da Redação Dia a Dia Notícia
Única mulher na disputa pelo Governo do Amazonas nas eleições de 2026, a professora Maria do Carmo (PL) se manifestou, nesta quarta-feira (3), sobre o recente caso de tentativa de feminicídio que gerou comoção nacional. Em posicionamento público, a pré-candidata defendeu o endurecimento das penas para crimes contra mulheres e criticou a sensação de impunidade no país.
Ao comentar o caso, Maria do Carmo destacou a gravidade da violência sofrida pela vítima. “Uma mulher jovem, cheia de futuro, que perdeu as duas pernas e hoje luta para sobreviver. É impossível ver uma cena dessas e não sentir indignação. É impossível não se revoltar”, afirmou.
A professora citou como exemplo a recente decisão da Itália, que passou a reconhecer o feminicídio como crime específico, com punição de prisão perpétua. “É o Estado dizendo, sem ambiguidades, que a vida da mulher vale mais do que qualquer desculpa, qualquer argumento, qualquer benefício legal. E nós, no Brasil? Vamos continuar tratando o feminicídio como se fosse ‘mais um crime’, quando na verdade é uma violência que destrói o futuro de famílias inteiras?”, questionou.
Segundo a pré-candidata, a adoção de leis mais rígidas pode contribuir para reduzir falhas no sistema de Justiça e combater a sensação de impunidade. “Defendo leis mais duras, punição exemplar, Justiça que não falhe, que não titubeie, que proteja a vítima e não o agressor. A vida de uma mulher não pode ser negociada, nem relativizada”, afirmou.
Entenda o caso
No último sábado (29/11), um homem identificado como Douglas Alves da Silva, de 26 anos, atropelou e arrastou uma mulher de 31 anos pela Marginal Tietê, na zona Norte de São Paulo. Em razão da gravidade dos ferimentos, a vítima, que segue internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), precisou ter as duas pernas amputadas.
Ao voltar a se manifestar sobre o episódio, Maria do Carmo demonstrou indignação com a violência. “Como mulher, como mãe, como brasileira e como amazonense, eu não posso aceitar que mulheres ainda tenham medo de dizer não. Não posso aceitar que elas sejam impedidas de seguir em frente depois do fim de um relacionamento. Ninguém tem o direito de destruir a vida de outra pessoa por puro sentimento de posse. Isso é doença moral. Isso é crueldade”, declarou.
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