*Da Redação do Dia a Dia Notícia
A Polícia Civil apontou nesta sexta-feira (28) que a morte do menino Benício Xavier foi causada por uma dose excessiva de adrenalina durante atendimento médico. Conforme o delegado Marcelo Martins, a quantidade aplicada chegou a ser 30 vezes superior ao recomendado para uma criança e, além disso, o medicamento foi administrado por via intravenosa, quando o protocolo adequado prevê nebulização.
Martins explicou que profissionais, que participaram do atendimento, incluindo médicos, confirmaram o diagnóstico de overdose. A superdosagem provocou sucessivas paradas cardíacas, ao menos seis, antes do óbito. A investigação ainda apura se todas as três doses registradas no prontuário chegaram a ser aplicadas, mas a quantidade utilizada já teria sido suficiente para causar o agravamento extremo do quadro.
O delegado também comentou sobre a decisão judicial que negou o pedido de prisão preventiva da médica Juliana Brasil Santos, responsável pela prescrição. Para ele, a profissional oferece risco caso continue atuando.
“Um erro dessa gravidade, envolvendo uma criança de 6 anos, pode se repetir em outro hospital. Minha função é adotar medidas que protejam a sociedade”, afirmou.
A equipe de investigação segue analisando documentos enviados pelo Hospital Santa Júlia e ainda ouvirá novamente a médica e a técnica de enfermagem envolvidas no atendimento.
