*Da Redação do Dia a Dia Notícia
A greve dos professores da rede municipal de Manaus ganhou novo capítulo nesta segunda-feira (17), após uma manifestação em frente à Câmara Municipal de Manaus (CMM). A categoria afirmou que só retomará as atividades quando o projeto de Reforma Previdenciária for retirado de pauta. A proposta aumenta o tempo de contribuição em sete anos para mulheres e cinco para homens, medida que tem sido duramente criticada pelos profissionais da educação.
Durante o ato, os docentes entoaram palavras de ordem direcionadas ao prefeito: “David Almeida, se aprovar, a greve vai continuar”. Os discursos reforçaram que a paralisação é a principal ferramenta de pressão contra o avanço do projeto.
A professora da educação infantil, Nelma Sampaio, destacou que a prefeitura depende dos relatórios pedagógicos para fechar o ano letivo, documentos que, segundo ela, não serão emitidos enquanto o impasse continuar.
“Hoje, não tem avaliações e relatórios. A prefeitura precisa disso, e só nós podemos fornecer. É importante que os colegas não retornem às aulas e que expliquem a situação aos pais. Enquanto esse PL não for votado, eu não volto. É difícil, porque amo minha profissão, mas não vou abaixar a cabeça para vereador, diretor ou prefeito”, afirmou.
Ela ainda ressaltou a necessidade de valorização dos docentes, lembrando que muitos passam décadas em sala de aula lidando com turmas numerosas.
“Passei 30 anos dentro de uma escola. Escolhi ser professora e quero continuar sendo, mas com dignidade.”
Dentro do plenário, vereadores mantiveram a disposição de levar a proposta à votação, sem indicação de que o texto será retirado da pauta.
