*Da Redação do Dia a Dia Notícia
Professores da rede pública municipal de ensino de Manaus realizaram, na manhã desta quinta-feira (13), uma assembleia geral na Câmara Municipal para instalar oficialmente a greve do magistério. A mobilização é organizada pela Associação dos Profissionais de Magistério Municipal de Manaus (Asprom Sindical) e ocorre em protesto contra a proposta de reforma da previdência municipal, que a categoria classifica como a “reforma da morte do servidor”.
Durante o ato, o coordenador jurídico da Asprom Sindical, Lambert Melo, afirmou que, caso haja desconto nos salários dos professores durante o período de paralisação, não haverá reposição de aulas. A declaração foi recebida com aplausos pelos educadores presentes, que lotaram a frente da CMM com faixas e cartazes de protesto.
O projeto de reforma da previdência propõe aumento da idade mínima e do tempo de contribuição para aposentadoria, buscando alinhar as regras locais às da Previdência nacional. Enviado à Câmara em agosto deste ano, o texto foi aprovado em primeira votação com 30 votos favoráveis e 10 contrários. Entre os vereadores que votaram contra estão Rodrigo Guedes, Ivo Neto, Amauri Gomes, Thayza Lipe, Raiff Matos, Sargento Salazar, Coronel Rosses, Capitão Carpê e Zé Ricardo.
Reforma necessária
De acordo com a Prefeitura de Manaus, a reforma é necessária para evitar o desequilíbrio financeiro no sistema previdenciário municipal nos próximos anos. O PLC ainda precisa passar por segunda votação antes de ser encaminhado para sanção do prefeito David Almeida.
Os servidores, no entanto, contestam o argumento do Executivo e afirmam que não há comprovação de déficit na ManausPrev, o fundo de previdência municipal. O sindicato também acusa a prefeitura de falta de diálogo com as categorias afetadas e promete intensificar as mobilizações até que o projeto seja retirado de pauta.
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