Damares Alves, do Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, agiu para impedir o aborto legal da menina de 10 anos que foi estuprada pelo próprio tio no Espírito Santo. Ela teria liderado uma operação para transferir a menina de São Mateus (ES) para um hospital em Jacareí (SP) com o objetivo de acompanhar a evolução do feto e realizar o parto, apesar do risco para a vida da criança violentada.
As informações foram publicadas pela Folha neste domingo, 20. Segundo o jornal, Damares chegou a se reunir com integrantes do ministério e aliados políticos para pressionar a equipe responsável pelo procedimento do aborto e oferecendo privilégios ao conselho tutelar capixaba.
Além disso, segundo a Folha, funcionários de Damares Alves teriam sido os responsáveis por vazar o nome da criança à extremista Sara Giromini (mais conhecida como Sara Winter) que divulgou nas redes sociais. O ato foi uma afronta ao Estatuto da Criança para e do Adolescente, além de ter feito a família da vítima alvo de ameaças e pressão.
Nas redes sociais, a ministra rebateu as acusações da Folha. Segundo Damares, a “atuação ocorreu para fortalecer a rede de proteção à criança em São Mateus”.
“Novamente a Folha de SP publica mentiras sobre a minha atuação e o trabalho de nossos técnicos. Entraremos imediatamente com pedido de resposta. Mais uma vez faremos o departamento jurídico do jornal trabalhar”, escreveu a ministra no Twitter.