*Da Redação Dia a Dia Notícia
Um mês após ser brutalmente agredida com 61 socos dentro de um elevador em Natal (RN) pelo então namorado, o ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, Juliana Garcia relata os desafios do processo de recuperação física e emocional. A vítima, que passou por cirurgia de reconstrução facial e ainda enfrenta complicações na respiração, afirma ter recebido novas ameaças e transformou sua experiência em alerta para outras mulheres sobre os sinais de violência doméstica.
Juliana contou que a reabilitação inclui acompanhamento médico multidisciplinar, com consultas semanais com equipe cirúrgica, fisioterapia, psicologia e psiquiatria. A mulher revelou que o relacionamento já apresentava sinais de violência psicológica com desmerecimento físico e emocional antes do ataque.
A vítima relatou que o namorado a ameaçou pouco antes de iniciar a agressão, dizendo que iria matá-la. Segundo Juliana, a violência ocorreu após uma crise de ciúme relacionada a supostas conversas “comprometedoras” no celular dela, mesmo após o aparelho ter sido conferido pelo agressor. “Recebi uma ameaça na internet dizendo que iam vir a Natal e me dar 121 socos. Eram palavras horríveis, que não posso nem repetir ao vivo”, complementou.
Após a agressão, Juliana começou a participar de fóruns e usar as redes sociais para conscientizar outras mulheres sobre violência doméstica e direitos femininos. Ela afirmou que o ataque deixou sequelas emocionais, incluindo estado de vigília constante e medo de novas ameaças, inclusive online.
O ex-namorado foi preso em flagrante e teve a detenção convertida em prisão preventiva após audiência de custódia. Igor Eduardo Pereira Cabral virou réu por tentativa de feminicídio e aguarda julgamento, enquanto Juliana continua o processo de recuperação e alerta outras mulheres sobre os sinais de violência em relacionamentos.
