*Da Redação do Dia a Dia Notícia
Os advogados de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) têm mais um prazo a cumprir para dar explicações ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Até as 20h34 desta sexta-feira (22), a defesa precisa esclarecer um documento de pedido de asilo político à Argentina encontrado pela Polícia Federal (PF) no celular do ex-presidente. A necessidade é de explicar sobre um possível “plano de fuga” do ex-presidente, que atualmente se encontra em prisão domiciliar.
Relatório da PF, que indicia Jair e Eduardo Bolsonaro pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito por meio da restrição ao exercício dos poderes constitucionais, aponta que Bolsonaro cogitou a possibilidade de pedir asilo político ao presidente da Argentina, Javier Milei.
Diante disso, um oficial de Justiça intimou, por WhatsApp, um dos advogados do ex-presidente a dar explicações. De acordo com o magistrado, há indícios de que Bolsonaro desrespeitou restrições impostas pela Corte e voltou a adotar condutas ilícitas.
Moraes ressaltou ainda que a PF identificou provas de que Bolsonaro teria preparado um plano para deixar o país. “Diante de todo o exposto, intime-se a defesa de Jair Messias Bolsonaro para que, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, preste esclarecimentos sobre os reiterados descumprimentos das medidas cautelares impostas, a reiteração das condutas ilícitas e a existência de comprovado risco de fuga”, diz trecho da decisão.
Essa não é a primeira vez em um prazo curto que Moraes pede explicações à defesa de Bolsonaro por possível descumprimento de cautelar.
Explicações sobre cautelares
Há um mês, em 21 de julho, Moraes determinou que os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esclarecessem, em até 24 horas, o suposto descumprimento de medidas cautelares pelo ex-mandatário.
Na ocasião, Moraes queria entender por que Jair Bolsonaro falou com a imprensa na saída da Câmara dos Deputados, onde participou de uma reunião convocada pelo Partido Liberal (PL). O ex-presidente mostrou sua tornozeleira eletrônica e deu entrevista, mesmo proibido por decisão do ministro.
*Com informações do Metrópoles
