*Da Redação do Dia a Dia Notícia
A operação da Polícia Federal deflagrada, nesta sexta-feira (18), contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que incluiu busca e apreensão e imposição de medidas restritivas como tornozeleira eletrônica, gerou forte reação entre seus aliados no Amazonas. Parlamentares expressaram repúdio à decisão monocrática do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), classificando-a como “autoritarismo disfarçado” e “perseguição política”.
O deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM), em publicação no Instagram, ecoou a nota da Liderança da Oposição na Câmara dos Deputados, afirmando que “a escalada autoritária atinge novo patamar no Brasil”. O texto critica veementemente a operação, destacando que ela foi autorizada durante o recesso parlamentar, “quando os representantes do povo estão ausentes de Brasília e sem meios de reação institucional imediata”.
A Oposição qualifica o episódio como um “grave abuso de poder, marcado pela instrumentalização das instituições para fins de perseguição política”, e lamenta a “consolidação de um regime de exceção, em que um único magistrado concentra poderes desproporcionais, atropela o devido processo legal e ignora a soberania do Poder Legislativo”.
O posicionamento também aborda a “dimensão humanitária” da decisão, salientando que Bolsonaro é um “homem idoso, com graves problemas de saúde” e que não representaria risco de fuga, já tendo o passaporte retido. “O que se busca, claramente, não é justiça, mas sim a eliminação da figura política do maior líder da direita da América Latina”, diz a nota, alertando que a “escalada autoritária” fragiliza a democracia e a liberdade de expressão.
O deputado estadual Delegado Péricles (PL-AM), por sua vez, utilizou suas redes sociais para classificar a operação como “mais um capítulo vergonhoso de perseguição política no Brasil”. Péricles criticou as medidas impostas, como o uso de tornozeleira eletrônica, a censura nas redes sociais e as restrições de liberdade do ex-presidente.
Para o parlamentar, a ação é “uma clara retaliação por ele continuar sendo uma liderança respeitada e apoiada por autoridades mundiais, inclusive pelo presidente dos EUA”. Como delegado e parlamentar, Péricles defendeu o devido processo legal, o respeito à Constituição e à presunção de inocência, concluindo que o cenário atual é de “autoritarismo disfarçado de legalidade”.
Em Manaus, o vereador Coronel Rosses (PRD) também se manifestou sobre as decisões de Moraes contra Bolsonaro. Em suas redes sociais, ele classificou as medidas como “criminosas e absurdas”, destacando a tornozeleira eletrônica, a censura nas redes sociais e a proibição de contato com o filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro. “O sistema segue atacando o maior líder da direita, isso precisa acabar!”, publicou o vereador.
As manifestações dos aliados amazonenses de Bolsonaro refletem a indignação e o alinhamento com a retórica de perseguição política que tem sido adotada pela oposição nacional diante dos desdobramentos das investigações do STF.
