Nesse domingo, dia 13, os policiais militares e civis e agentes ambientais da Base Fluvial Arpão registraram dois flagrantes de crime ambiental durante as fiscalizações a embarcações no Rio Solimões, em Coari (a 363 quilômetros de Manaus). Foram apreendidos 100 ovos de tracajá, 15 quilos de carne de pirarucu (arapaima gigas) e três quelônios. As espécies são protegidas por lei e só podem ser comercializadas com licenciamento ambiental. Ninguém foi preso.
A primeira apreensão ocorreu por volta das 10h durante abordagem à embarcação F/B Jesus te ama II, que vinha do município de Carauari. Foram encontradas duas malas com dois quelônios e aproximadamente 15 quilos de pirarucu. Não foi localizado o dono do material.
Em outra abordagem, por volta do meio-dia, as equipes flagraram mais de 100 ovos de tracajá e um quelônio durante fiscalização no barco N/M Almirante Moreira VII, procedente da cidade de Fonte Boa.
Os três animais foram devolvidos à natureza e os alimentos serão doados para instituições que prestam serviços socioassistenciais.
A Lei de Crimes Ambientais (9.605/98) proíbe matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a permissão, licença ou autorização da autoridade competente. A multa é de R$ 5 mil por unidade apreendida, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Integração
Criada pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), a base Arpão atua de forma integrada com efetivos das Polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Federal, Força Nacional, Secretaria de Operações Integradas (SEOPI), do Ministério da Justiça e Segurança Pública e Ibama.
A ação ocorre em conjunto com a Operação “Hórus”, um dos eixos do Programa Nacional de Segurança de Fronteiras e Divisas (Vigia), do Ministério da Justiça.
A população pode contribuir com as ações por meio de denúncias anônimas ao 181, o disque denúncia da SSP-AM. O serviço funciona 24 horas por dia em todo o estado.