A indústria amazonense cresceu 14,6% em julho de 2020, na comparação com o mês anterior (junho), um percentual maior do que a média nacional (8,0%), de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ainda segundo os dados, em relação ao mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 6%. Com esse resultado, o Amazonas teve o segundo melhor desempenho entre do país, atrás apenas de Pernambuco, que cresceu 17%.
O aumento acontece após a produção industrial do Amazonas ter registrado os piores indicadores do país, por conta da pandemia do novo coronavírus, que até esta quarta-feira (9) já infectou mais de 123,9 mil pessoas.
O economista da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Gilmar Freitas disse ao G1, que a indústria está em processo de retomada, após a queda registrada durante o pico da pandemia.
“A atividade industrial local segue uma dinâmica de recuperação, aproximando-se dos níveis anteriores à pandemia. A produção industrial do Amazonas cresceu 14,6% em julho, confirmando assim o bom desempenho, cujas perspectivas até ao final do ano são otimistas, porém não suficientes para uma recuperação total das perdas”, comentou.
Já o desempenho de 6,0%, em julho de 2020, em relação ao mesmo mês do ano anterior, colocou o Estado na segunda posição entre as outras Unidades da Federação. Os piores desempenhos foram os do Espírito Santo, com -13,4%, Paraná, com -9,1%, e Pará, com -7,5%. E os melhores, os de Pernambuco, com 17,0%, Amazonas, com 6,0%, e Goiás, com 4,0%.
De acordo com o IBGE, as atividades com maior volume de produção industrial do Amazonas foram a fabricação de bebidas (8,7%), impressão e reprodução de gravações em DVDs e discos (90,1%), fabricação de produtos de borracha (0,4%), fabricação de produtos de metal, como lâminas, aparelhos de barbear e estruturas de ferro (24,5%), fabricação de equipamentos de informática e eletrônicos, como celular, computador e maquinas digitais (18,8%), e equipamentos de transportes, como motocicletas e suas peças (3,7%).