*Da Redação Dia a Dia Notícia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma piada com o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), e afirmou que o apelido “Xandão”, normalmente atribuído ao magistrado, veio para ficar. A fala de Lula foi dada nesta quarta-feira (8), no início de discurso em cerimônia aos dois anos dos atos de 8 de janeiro. O presidente afirmou que é a primeira vez que vê um apelido dado pela população a um ministro do Supremo, e que o nome “já pegou”.
“Eu tenho 79 anos de idade, já vivi muito, vi vivendo a vida da Suprema Corte Brasileira, e nunca conheci um ministro da Suprema Corte que tivesse um apelido dado pelo povo chamado Xandão, que é um apelido que já pegou e desse apelido você nunca mais vai se livrar”, afirmou.
Lula ainda disse que Moraes deveria aceitar o nome. “Pode ficar sério e não adianta ficar nervoso que ninguém vai parar de te chamar de Xandão”, brincou Lula.
Moraes participava do evento e riu das declarações do presidente. Os participantes do evento também reagiram com risos ao comentário.
Após a brincadeira, Lula deu início ao discurso que exaltou a democracia brasileira. O presidente afirmou ser amante do regime democrático e disse que “hoje é dia de dizermos em alto e bom som que ainda estamos aqui. Estamos aqui para dizer em alto e bom som que ditadura nunca mais e democracia sempre”.
O evento contou com presença de ministros e de magistrados do STF, mas teve ausência dos presidentes da Corte, Luís Roberto Barroso, do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Nos bastidores, a falta de representantes foi atribuída a um tom político adotado pela celebração, além da polarização.
“Hoje é dia de dizermos em alto e bom som ainda estamos aqui. Estamos aqui para dizer que estamos vivos e a democracia está viva, ao contrário do que planejavam os golpistas de 8 de Janeiro. Estamos aqui, mulheres e homens, de diferentes origens, crenças, partidos e ideologias, unidos por uma causa em comum. Estamos aqui para dizer em alto e bom som que ditadura nunca mais e democracia sempre”, acrescentou Lula.