Search
booked.net
Search
Close this search box.

Mulheres representam 12% do efetivo da Polícia Militar no Amazonas

Divulgação PM

No Amazonas, apenas 12% do efetivo da Polícia Militar é formado por mulheres. São 7.534 pessoas do sexo masculino e 1.036 do sexo feminino entre praças e oficiais, segundo dados publicados na Folha de São Paulo.

No Brasil, também 12% do efetivo é formado por mulheres. São 357.501 pessoas do sexo masculino e 46.180 do sexo feminino entre praças e oficiais, de acordo com os dados da Pesquisa Perfil das Instituições de Segurança Pública.

Na avaliação de especialistas, essa diferença representa um problema e tem como uma das justificativas a limitação de vagas para mulheres em concursos públicos em alguns Estados.

A pesquisa foi realizada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Publicada desde 2014, pela primeira vez está sendo disponibilizada por meio de um painel com os seguintes temas: efetivo, estrutura, atividades, equipamentos e capacitações.

De acordo com os dados, a maior diferença está no Ceará, as mulheres representam 4% (782) do total do efetivo. Em seguida está o Pará com apenas 6% (974) do efetivo formados por pessoas do sexo feminino. Já nos Estados do Piauí, Mato Grosso, Santa Catarina e Paraná o efetivo feminino corresponde a 8% do total.

A Polícia Militar do Ceará (PMCE) informou, por nota, que no último concurso, realizado em 2016, o percentual de vagas destinado exclusivamente para mulheres foi de 5%. Atualmente, o percentual de vagas está em processo de mudança para 15%.

O policiamento feminino teve início com a criação da Companhia de Polícia Militar Feminina, tendo sua implantação em 1994 com a publicação do edital que deu início ao processo de seleção por meio de concurso público, para recrutamento, seleção, matrícula e admissão aos Cursos de Formação de Oficiais, Sargentos e Soldados femininos.

Natália Pollachi, gerente de projetos do Instituto Sou da Paz, afirma que um dos fatores que levam a essa realidade começa durante a seleção dos candidatos nos concursos públicos. Em alguns Estados existe cota máxima de 20% para a aprovação de mulheres.

“Outro argumento usado pelas corporações para chamar menos mulheres seria a falta de equipamentos menores, como coletes balísticos, pistolas. São justificativas que não fazem sentido. Como os equipamentos são de uso individual, diante de uma nova turma haveria a necessidade de apenas fazer uma compra adequada”, afirma.

Para Jacqueline Sinhoretto, professora da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), outra justificativa do poder público para essa diferença é que a profissão requer força física.

Na sua visão, esse pensamento é equivocado, porque o trabalho do policial deveria ser de inteligência e técnica na maior parte das vezes. Acrescenta ainda que não existe um trabalho que não possa ser realizado por mulheres.

“O trabalho da polícia requer inteligência, é perceptível que quanto maior o nível de escolaridade exigido nos concursos públicos, maior o número de mulheres. Elas conseguem ter um desempenho melhor quando as provas são de conhecimento específico”, relata.

Pesquisa

A Pesquisa Perfil das Instituições de Segurança Pública tem como base os dados coletados dos Estados brasileiros em relação ao caráter administrativo, como recursos humanos, materiais, capacitação e valorização profissional. Os dados se referem ao ano de 2019.

A pesquisa tem o objetivo de produzir, de forma integrada com os Estados, informações em âmbito nacional que viabilizem a construção de políticas públicas para o fortalecimento das organizações do Sistema Único de Segurança Pública.

Fonte: Folha de São Paulo

Entre no nosso Grupo no WhatsApp

Antes de ir, que tal se atualizar com as notícias mais importantes do dia? Acesse o WhatsApp do Portal Dia a Dia Notícia e acompanhe o que está acontecendo no Amazonas e no mundo com apenas um clique

Você pode escolher qualquer um dos grupos, se um grupo tiver cheio, escolha outro grupo.