Cerca de nove meses depois do primeiro registro oficial de paciente infectado com o coronavírus, o micro-organismo se espalhou pelo mundo e provocou uma crise de saúde pública sem precedentes. Porém, a dominação ainda não é completa: 10 países ainda não registram casos da doença, segundo o site Metrópoles.
Todas as nações são ilhas e se localizam na Oceania. Apesar da proximidade geográfica com a China, epicentro da pandemia, Palau, Micronésia, Ilhas Marshall, Nauru, Kiribati, Ilhas Salomão, Tuvalu, Samoa, Vanuatu e Tonga não tiveram diagnósticos até o momento.
A maioria destes países depende do turismo ou da pesca para sobreviver e, mesmo não tendo casos, sentiram o impacto da pandemia. Em Palau, as fronteiras estão fechadas desde março e o governo organiza, agora, “bolhas” de viagem com países que controlaram o vírus, como a Nova Zelândia, por exemplo.
As Ilhas Marshall proibiram que embarcações vindas de países onde foram registrados casos de Covid-19 atraquem no porto local, exigindo uma quarentena de 14 dias.
A situação é parecida em Vanuatu, que também depende de turistas, mas admite não ter estrutura suficiente para lidar com o vírus. Em entrevista à BBC, Len Tarivonda, diretor de saúde pública da ilha, explica que a chegada do coronavírus seria como um “incêndio florestal”. “Dadas as nossas limitações, o contexto que temos no Pacífico, a melhor aposta é manter o vírus longe o máximo possível”, ponderou.
O governo da ilha estava prevendo uma abertura parcial para nações consideradas “seguras”, mas voltou atrás com o surgimento de novos casos na Austrália e na Nova Zelândia.
Porém, a decisão de fechar completamente por tanto tempo é arriscada: segundo o Banco Asiático de Desenvolvimento, há uma previsão de queda no produto interno bruto (PIB) para 2020 de quase 10% em Vanuatu e Palau.