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Caso Marielle: Ronnie Lessa é condenado a 78 anos de prisão; Élcio terá pena de 59 anos

*Da Redação do Dia a Dia Notícia 

O 4º Tribunal do Júri da Justiça do Rio de Janeiro condenou, na manhã de quarta-feira (30) e na manhã da quinta-feira (31), os ex-sargentos da Polícia Militar Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz pelo crime de duplo homicídio triplamente qualificado, além de tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves, única sobrevivente do atentado, no caso da execução da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes.

Ronnie Lessa foi condenado a 78 anos e 9 meses de prisão, enquanto Élcio de Queiroz recebeu uma pena de 59 anos e 8 meses. As condenações não se limitaram apenas ao tempo de prisão: os réus também foram responsabilizados a pagar uma pensão ao filho de Anderson Gomes até que ele complete 24 anos. Além disso, deverão quitar uma indenização total de R$ 706 mil por danos morais, a ser dividida entre os familiares das vítimas, incluindo Arthur, filho de Anderson; Ágatha Arnaus, viúva de Anderson; Luyara Franco, filha de Marielle; Mônica Benício, viúva de Marielle; e Marinete Silva, mãe de Marielle.

O julgamento, que começou na manhã de quarta-feira, contou com o depoimento de nove testemunhas, sendo sete indicadas pelo Ministério Público e duas pela defesa de Lessa. A defesa de Queiroz optou por não ouvir as testemunhas que havia solicitado. Durante a sessão, Lessa e Queiroz acompanharam os procedimentos por videoconferência a partir dos presídios onde estão detidos: Lessa no Complexo Penitenciário de Tremembé, em São Paulo, e Queiroz na Papuda, em Brasília.

A leitura da sentença foi realizada pela juíza Lúcia Glioche, que não apenas condenou os réus, mas também enfatizou a importância da justiça em casos como este. “Fica aqui, para os acusados presentes — e serve para os vários Ronnies e Élcios que existem por aí soltos — a seguinte mensagem: a Justiça, por vezes, é lenta, cega, injusta, torta, mas ela chega. A Justiça chega mesmo para aqueles que, como os acusados, acham que jamais serão atingidos por ela”, declarou a magistrada, ressaltando a necessidade de responsabilização.

Os crimes cometidos na noite de 14 de março de 2018 chocaram o Brasil e o mundo, não apenas pela brutalidade, mas também pelo simbolismo da luta de Marielle Franco em defesa dos direitos humanos e da igualdade social. Marielle foi assassinada com quatro tiros, sendo três na cabeça e um no pescoço, enquanto Anderson Gomes levou três tiros nas costas. O crime se deu em um contexto de crescente violência e impunidade, especialmente em relação a figuras públicas que defendem causas sociais.

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