*Da Redação do Dia a Dia Notícia
Três pessoas ligadas ao vereador de Manaus Rosinaldo Bual (Agir) foram conduzidas, neste domingo (27), à Superintendência Regional da Polícia Federal (PF) para prestar esclarecimentos por suspeita de compra de votos. A informação foi confirmada pelo delegado da PF, Fábio Pessoa, em entrevista exclusiva à Revista Cenarium. O grupo seria composto por assessores do vereador, mas, segundo o delegado, ainda não houve uma formalização de prisão. As três pessoas foram encaminhadas para um procedimento administrativo, no qual serão ouvidas.
“Ainda não foi ratificada uma voz de prisão, mas as pessoas serão ouvidas e um procedimento será instaurado, mesmo que seja por portaria”, afirmou o delegado, acrescentando que a situação será investigada conforme as evidências forem analisadas. Até o momento, não há informações detalhadas sobre possíveis materiais apreendidos com o grupo.
Além do caso envolvendo os assessores de Rosinaldo Bual, outra ocorrência de compra de votos foi registrada no bairro Novo Aleixo, na zona Norte de Manaus, onde uma pessoa foi presa em flagrante por suspeita de envolvimento na prática ilegal. Segundo Fábio Pessoa, este segundo caso envolveu uma abordagem direta, e o suspeito foi levado à sede da PF para procedimentos cabíveis.
Em uma ocorrência relacionada, na área da Compensa, zona Oeste de Manaus, outros três indivíduos teriam sido conduzidos sob suspeita de atuar a mando de um vereador local. Assim como no caso anterior, essas pessoas foram ouvidas e encaminhadas para procedimento administrativo, mas não houve voz de prisão ratificada.
O vereador Rosinaldo Bual, reeleito nesta eleição com 7.892 votos, tem seu partido, o Agir, como integrante da base de apoio ao prefeito David Almeida, que disputa a reeleição para o cargo de prefeito de Manaus. A coligação de David Almeida conta ainda com MDB, PSD, DC e Avante, este último sendo o partido do próprio prefeito. Em 2020, Bual foi eleito pelo PMN, conquistando 5.274 votos.
Em contato com a reportagem, o vereador Rosinaldo Bual não respondeu às tentativas de ligação e mensagens enviadas para esclarecimentos sobre a conduta de seus assessores e o andamento da investigação.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a compra de votos, também chamada de “captação ilícita de sufrágio”, ocorre quando um candidato oferece ou entrega bens ou vantagens com o objetivo de garantir votos. A legislação prevê multas de até R$ 53.205,00, além de cassação do registro de candidatura ou do diploma, em casos onde a prática compromete a legitimidade das eleições.