*Da Redação do Dia a Dia Notícia
Manaus, a capital do Amazonas, caiu da 83ª para a 86ª posição no Ranking do Saneamento 2024, publicado pelo Instituto Trata Brasil. A cidade, que já figurou entre as 20 piores do Brasil em termos de saneamento urbano, permanece nesse grupo problemático ao longo dos quatro anos da gestão do prefeito David Almeida (Avante), que busca a reeleição. Este cenário alarmante destaca uma crise de saneamento básico que afeta profundamente a qualidade de vida dos manauaras.
A pesquisa avalia três indicadores fundamentais: nível de atendimento, melhoria do atendimento e nível de eficiência. Manaus está há oito anos entre as 20 cidades com os piores índices de saneamento básico do país, uma situação que persiste apesar das promessas de melhorias.
De acordo com os dados mais recentes, enquanto a cidade apresenta um acesso à água tratada de 99,49%, a realidade é alarmante quando se trata de coleta de esgoto. Apenas 26,09% da população manauara possui acesso a esse serviço essencial. Essa discrepância revela um problema estrutural que afeta não apenas a saúde pública, mas também o meio ambiente, uma vez que o esgoto não tratado contribui para a poluição dos recursos hídricos da região.
Outro dado preocupante é o investimento médio anual em saneamento por habitante em Manaus, que é de apenas R$ 115,66. Este valor é menos da metade do patamar nacional médio, que é de R$ 231,09 por habitante, necessário para alcançar a universalização do saneamento. Esse subinvestimento reflete a falta de prioridade dada ao tema por parte da administração municipal, em um contexto em que as necessidades da população são crescentes.
O cenário se agrava quando se observa que cinco capitais da região Norte estão entre as 20 piores do Brasil em termos de saneamento. Porto Velho ocupa a última posição no ranking, seguida por Macapá. Além de Manaus, as cidades de Rio Branco e Belém também figuram na lista, todas com menos de 35% do esgoto tratado. Esses números são um indicativo de que a crise de saneamento é uma realidade compartilhada por várias cidades da região, exigindo uma ação conjunta e eficaz para reverter a situação.
