Os pais de Miguel Otávio Santana da Silva, que morreu ao cair de um prédio de luxo em Recife, entraram na Justiça exigindo uma indenização de R$ 987 mil de Sari Corte Real, responsável pela criança no momento da fatalidade. A informação é do colunista Rogério Gentili, do UOL.
Mirtes Renata Santana de Souza, mãe de Miguel, trabalhava como empregada doméstica no apartamento de Sari, mulher do prefeito da cidade de Tamandaré (PE), e havia saído para passear com o animal de estimação dos chefes. Na ausência, Sari permitiu que Miguel entrasse no elevador do prédio, e conduziu o menino para um dos andares de cima.
Na ação da Justiça, Mirtes afirma que Sari teria adotado outra conduta se no elevador estivesse alguma amiga de sua filha. “Jamais ela viraria a costas e voltaria para a manicure”, diz a mãe na ação.
Segundo o colunista do UOL, para os familiares de Miguel, a criança foi vítima da “impaciência, da superficialidade e da futilidade”.
Entenda o caso
No dia 14 de julho, o Ministério Público de Pernambuco denunciou Sari Corte Real pela morte do menino Miguel, 5 anos, que caiu do prédio onde a primeira-dama de Tamandaré mora, no Recife.
Sari foi denunciada pelo por abandono de incapaz com resultado de morte, combinado com artigos do Código Penal Brasileiro que agravam as penas por o crime “ter sido contra criança em meio à conjuntura de calamidade pública”, na pandemia da covid-19.
Se condenada, Sari pode pegar de quatro a 12 anos de prisão.