*Da Redação do Dia a Dia Notícia
Antônio Chelton de Oliveira Lopes, de 25 anos, foi preso na quarta-feira (25) sob a acusação de envolvimento na morte da babá Geovana Costa Martins, de 20 anos, cujo corpo foi encontrado no dia 20 de agosto em uma área de mata no bairro Tarumã, em Manaus. O caso, que chocou a comunidade local, levantou questões sobre violência e exploração, especialmente por se tratar de uma jovem que trabalhava em condições vulneráveis.
Geovana foi retirada à força da casa de uma amiga no dia 18 de agosto, dois dias antes de seu corpo ser descoberto. Segundo a Polícia Civil, a jovem se sentia presa na casa de sua patroa, Camila Barroso, que já está detida e é considerada uma das principais suspeitas do crime. De acordo com a delegada Marília Campello, adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Geovana enfrentava uma situação de abuso e exploração, o que pode ter motivado seu desejo de escapar.
Durante sua abordagem à imprensa, ao deixar a DEHS, Antônio negou qualquer envolvimento no crime e se distanciou das acusações, afirmando que não conhece Camila e que nunca teve qualquer relacionamento com Geovana. “Nunca ajudei, nunca fui marido de Camila, nunca fiz nada disso. Eu alugava o carro do Eduardo, e infelizmente no dia que eu fui preso, estava no carro dele. Ele que está fazendo essa covardia comigo. Se ele é tão inocente, por que ele não vem aqui?”, declarou Chelton, referindo-se a Eduardo Gomes da Silva, que é procurado pela polícia.
A investigação da Polícia Civil detalhou que, no dia em que Geovana foi retirada de sua amiga, ela já planejava deixar a casa de Camila devido a uma suposta dívida e ao controle que a patroa exercia sobre sua vida. O corpo da babá apresentava sinais de tortura, o que gerou indignação e mobilização na sociedade. “A foto espancada da babá sobre uma cama foi tirada no dia 18, o que reforça a veracidade da história apurada pela Polícia Civil”, disse a delegada Campello, destacando as evidências que a equipe de investigação possui.
Ainda segundo a polícia, há indícios de que Chelton possa ter participado diretamente do crime. “O Antônio Chelton nega a participação dele no crime, assim como a Camila nega a participação dela no crime. O Antônio Chelton coloca a culpa toda no Eduardo, mas nós temos comprovações técnicas de que esse veículo, antes de ir para o Tarumã, passou na rua da casa do Antônio Chelton”, afirmou a delegada.
