*Da Redação Dia a Dia Notícia
Nesta quinta-feira (19), Manaus amanheceu novamente encoberta por fumaça e a qualidade do ar vária entre “moderada”, “ruim”, “muito ruim” e “péssimo”, aponta o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Na quarta-feira (18), a Secretária de Estado de Saúde (SES-AM) e a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-RCP) apresentaram orientações para amenizar o impacto da fumaça na saúde da população e recomendações aos profissionais da área no atendimento de pacientes.
Está já é a segunda “onda” do fenômeno, ocasionado pelas queimadas, em um intervalo de dez dias. O Amazonas vive um cenário ambiental crítico devido à combinação de seca dos rios e queimadas, segundo dados divulgados pelo governo estadual em setembro.
A qualidade do ar chegou a 207 µg/m³, por volta das 7h30 desta quinta (19), no bairro Aparecida, na Zona Sul, que é a área mais afetada. Para ser considerado de boa qualidade, o ar precisa medir entre 0 e 25 μm/m³ (micrómetro por metro cúbico de AR).
Orientações
O Comitê de Enfrentamento à Estiagem, por meio da Nota Técnica nº 047/2024, produzida pela SES-AM em conjunto com a FVS-RCP, apresentou orientações para amenizar o impacto da fumaça no cotidiano da população.
A nota destaca a importância da atenção especial aos pacientes que apresentem um conjunto de sintomas como tosse seca, falta de ar, irritação nos olhos, nariz ou garganta, coriza, dor de cabeça, cansaço e dermatites (inflamação na pele).
As recomendações da SES-AM e da FVS-RCP relacionadas à proteção da saúde diante da exposição à fumaça incluem:
- Acompanhar as previsões meteorológicas locais e ficar atento aos boletins, alertas e informes difundidos por órgãos oficiais sobre a situação das queimadas e a qualidade do ar;
- Manter à mão os telefones de emergência dos órgãos locais de resgate, atendimento médico e combate às queimadas;
- Aumentar a ingestão de água e líquidos para manter as membranas respiratórias úmidas, proporcionando uma proteção adicional e reduzir ao máximo o tempo de exposição à fumaça;
- Reduzir a exposição a ambientes ao ar livre, evitar atividades e exercícios quando a qualidade do ar estiver prejudicada pela fumaça, incluindo atividades físicas escolares;
- Evitar o uso de tabaco, narguilé, cigarros e dispositivos eletrônicos;
- Usar máscaras cirúrgicas, de pano, lenços, para reduzir a exposição às partículas grossas, especialmente para quem estiver próximo a focos de queimadas e de fumaça;
- Não soltar balões ou fogos de artifícios e não acender fogueiras.