*Da Redação do Dia a Dia Notícia
Em Manaus, os consumidores que mantêm suas contas de energia elétrica em dia acabam pagando também pelo consumo de energia furtada, os chamados “gatos”. Segundo um estudo da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), essa prática resulta em um acréscimo de 13,4% nas faturas, o maior índice de todo o país.
Os consumidores no Rio de Janeiro estão em segundo lugar entre os que mais pagam o custo de fraudes e furtos de energia. O Amapá é o terceiro.
Na conta de luz, o nome inserido para cobrança do consumidor aparece com o nome de “perdas não técnicas”. Esse desperdício não está relacionado ao sistema elétrico, mas aos furtos, fraudes e problemas de medição na rede de distribuição.
Para calcular a cobrança, a Aneel analisa as tarifas das distribuidoras e mede o que é perda técnica e não técnica e repassa os custos conforme os critérios de eficiência definidos para cada empresa.
As concessões da Amazonas Energia e da Light têm níveis altos de furtos, relacionados à realidade socioeconômica dos estados do Amazonas e Rio de Janeiro.
Conforme a Aneel, as duas distribuidoras representam 32,8% do total de furtos e fraudes na medição de energia registrados no Brasil em 2023. Considerada uma concessão com desafios econômicos, a Amazonas Energia já teve sua incapacidade financeira de continuar prestando os serviços no estado reconhecida pela Aneel.
A extinção do contrato chegou a ser recomendada em novembro de 2023. Em junho, o governo publicou uma medida provisória que possibilita a troca de controle da Amazonas Energia, atualmente sob controle do Consórcio Oliveira Energia.