O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), informou na manhã desta terça-feira, dia 18, que a polícia do Estado prendeu o suspeito de estuprar a sobrinha de 10 anos.
A divulgação feita pelo twitter do governador informa que a prisão se deu na madrugada. “Que sirva de lição para quem insiste em praticar um crime brutal, cruel e inaceitável dessa natureza”, disse o governador do ES.
Segundo o Portal G1, o suspeito foi preso em Betim, em Minas Gerais. O suspeito de 33 anos será encaminhado ao Complexo Penitenciário de Xuri, em Vila Velha, na Grande Vitória. Ele foi indiciado por estupro de vulnerável e ameaça e estava foragido desde a última semana. O homem também já tinha passagem criminal por tráfico de drogas e esteve preso entre 2011 e 2018.
O tio da vítima era procurado pela Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) desde a última quinta-feira, dia 13, após a menina ir ao médico com dores abdominais e a família descobrir os abusos.
Policiais foram a um município no Estado da Bahia, onde o criminoso tem parentes. No entanto, ele não foi localizado e, desde então, era considerado foragido.
Entenda o caso
O criminoso é suspeito de abusar sexualmente da sobrinha desde quando a garota tinha 6 anos de idade. Segundo os investigadores, ele ainda ameaçava a menina para que não contasse sobre os estupros a ninguém.
O caso só chegou ao conhecimento da Polícia Civil do Espírito Santo no último dia 8, após a criança dar entrada no Hospital Roberto Silvares, em São Mateus, com suspeita de gravidez. Aos policiais, ela contou que era abusada há quatro anos.
Na última sexta-feira, dia 14, a família conseguiu uma autorização judicial para a menina interromper a gravidez. No entanto, o hospital de referência de Vitória alegou questões técnicas para não fazer o procedimento.
A menina conseguiu interromper a gestação em uma unidade de saúde em Pernambuco.
Dados divulgados
Nessa segunda-feira, dia 17, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) abriu investigação para apurar o vazamento de informações sobre o caso. De acordo com o MP, as questões envolvendo. crianças e adolescentes são sigilosas e a divulgação constitui crime.
O caso provocou revolta na cidade e mobilização nas redes sociais. Segundo o MP, a Justiça determinou que o Facebook, Twitter e Google retirem da internet publicações que expuseram o nome da criança e o hospital onde ela fez o procedimento de aborto legal, autorizado pela Justiça. Além disso, os promotores relatam que grupos teriam ameaçado familiares da vítima.
Em nota, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos informou que acompanha as investigações para ajudar na responsabilização do acusado.