Search
booked.net
Search
Close this search box.

Caprichoso e Garantido levam luta indígena além do Festival de Parintins; cunhãs se manifestam contra Marco Temporal

*Da Redação do Dia a Dia Notícia 

Nos últimos anos, os bois Caprichoso e Garantido têm defendido os povos indígenas no Festival Folclórico de Parintins. Desta vez, a luta ultrapassou as três noites de apresentação, com as cunhãs Marciele Albuquerque (Caprichoso) e Isabelle Nogueira (Garantido) se manifestando publicamente contra o Marco Temporal.

O Marco Temporal diz que os povos indígenas só podem reivindicar terras ocupadas a partir da data de publicação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988. Entretanto, a tese ignora o longo histórico de invasões de terras e violência praticada contra os povos originários, resultando na expulsão de seus territórios, além de violar os direitos indígenas previstos na própria Constituição.

Em vídeo nas redes sociais, a cunhã-poranga do Caprichoso, Marciele Albuquerque, destacou que a bancada ruralista do Congresso Nacional está fazendo de tudo para que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) n.° 4/2023, que insere a tese do marco temporal na carta magna, seja aprovada.

“A bancada ruralista do Congresso [Nacionall está tentando mudar a cláusula pétrea da Constituição que assegura o direito originário dos povos indígenas. No ano passado, o STF [Supremo Tribunal Federal] determinou que a tese do Marco Temporal viola a Constituição. Mesmo assim, o Congresso aprovou a Lei n° 14.701, ignorando os vetos do presidente Lula. Agora, eles querem mudar a Constituição para tornar e aplicar uma lei que é ilegal. Demarcar as terras indígenas é a nossa melhor chance de combater e reduzir os efeitos da crise climática”, disse.

A PEC do Marco Temporal seria colocada em pauta no Senado nesta quarta-feira (10). Porém, a votação foi adiada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A proposta de retirar o texto da pauta partiu do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e sugeriu aos senadores que sejam aguardados os resultados da comissão da conciliação sobre o tema, proposta pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, com representantes da Corte, Congresso, governo e entidades de representação dos indígenas.

Isabelle Nogueira, cunhã-poranga do Garantido, destacou que o Senado quer continuar ignorando a história dos povos originários sobre a demarcação de terras indígenas no Brasil.

“A bancada ruralista do Congresso Nacional está tentando mudar a cláusula pétrea da Constituição que assegura o direito originário dos povos indígenas. No ano passado, o STF [Supremo Tribunal Federal] determinou que a tese do Marco Temporal viola a Constituição. Mesmo assim, o Congresso aprovou a Lei n° 14.701, ignorando os vetos do presidente Lula. Agora, eles querem mudar a Constituição para tornar e aplicar uma lei que é ilegal. Demarcar as terras indígenas é a nossa melhor chance de combater e reduzir os efeitos da crise climática”, disse.

A PEC do Marco Temporal seria colocada em pauta no Senado nesta quarta-feira (10). Porém, a votação foi adiada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A proposta de retirar o texto da pauta partiu do líder do governo no Senado, Jaques Wagner.

Entre no nosso Grupo no WhatsApp

Antes de ir, que tal se atualizar com as notícias mais importantes do dia? Acesse o WhatsApp do Portal Dia a Dia Notícia e acompanhe o que está acontecendo no Amazonas e no mundo com apenas um clique

Você pode escolher qualquer um dos grupos, se um grupo tiver cheio, escolha outro grupo.