*Da Redação do Dia a Dia Notícia
Com a redução acentuada do nível da água na última semana, o rio Madeira já apresenta sinais de proximidade do período de seca nas regiões de Porto Velho (RO) e Humaitá (AM), onde adentra o Amazonas. Nessa quarta-feira (5), o governo federal emitiu um novo alerta sobre uma possível seca histórica na Amazônia. Empresas de navegação locais também estão elaborando planos preventivos para mitigar prejuízos.
Durante uma coletiva de imprensa em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nessa quarta-feira, a ministra do Meio Ambiente e da Mudança Climática, Marina Silva, destacou as previsões dos órgãos de monitoramento dos rios da Amazônia e do Pantanal.
Marina apresentou uma balanço da gestão ao longo do ano de 2023, quando houve queda de 49,8% no desmatamento e 14,24% nas queimadas na Amazônia. Por outro lado, o ano também foi marcado pela seca histórica na região e pela fumaça de incêndios florestais que encobriu cidades do Amazonas e Pará por cerca de três meses.
Para evitar que o cenário se repita neste ano, a ministra anunciou um Pacto pela Prevenção e Controle dos Incêndios com governos da Amazônia e do Pantanal, pensado especialmente para o período de seca. Além disso, ela defendeu a decretação antecipada de emergência em municípios que venham a sofrer com a estiagem, o que permite o envio mais rápido de recursos federais.
Segundo ela, o governo já se prepara para evitar que haja desabastecimentos de alimentos, água e combustível, como ocorreu no ano passado, quando até mesmo comunidades da zona rural de Manaus enfrentaram esses problemas.
Ao todo, o governo anunciou 14 medidas ligadas ao meio ambiente. Outros destaques são a criação da Reserva de Vida Silvestre do Sauim-de-Coleira em Itacoatiara (AM); a criação da Estratégia Nacional de Bioeconomia; e alterações no Comitê Interministerial de Mudança Climática para ampliar as competências de atuação.