*Da Redação Dia a Dia Notícia
Entre os meses de janeiro a maio deste ano, foram registrados 848 casos de Aids no Amazonas. Foi constatado que houve uma redução de 28,50% nos casos da doença no estado em comparação ao mesmo período de 2023, quando houve 1.186 registros.
O painel de monitoramento de infecção pelo HIV e casos de Aids integra os dados os sistemas de informação Sinan e SIM, sob gestão da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-RCP), que tem como objetivo disponibilizar dados públicos da situação epidemiológica desses agravos no Amazonas. Os dados estão disponíveis no site da FVS-RCP.
No ano passado, foram registrados 2.740 casos da doença no estado. Neste ano, o mês com o maior índice de registro foi janeiro com percentual de 31,8% e com 270 casos.
Levando em consideração o sexo e faixa etária, pessoas com idade entre 20 e 30 anos apresentam o maior percentual, sendo 48% do sexo masculino e 21,2% do sexo feminino.
Em 2024, o Amazonas também registrou óbitos relacionados à Aids totalizando 114 óbitos nos últimos cinco meses. Entre os 62 municípios do estado, Jutaí é o que possui a maior taxa de mortalidade por 100 mil habitantes, sendo de 7,2.
Em seguida aparecem Iranduba (6,1), Fonte Boa (5,9), Rio Preto da Eva (5,9), Nova Olinda do Norte (5,3), Parintins (5,2), Boa Vista dos Ramos (5,1), Tefé (5,0), Urucurituba (4,2), Manaus (3,7), Barcelos (3,6), Carauari (3,5), Barreirinha (3,1), Tabatinga (3,0), Itacoatiara (2,9), Careiro (2,6), São Paulo de Olivença (2,5), Manicoré (1,8) e Manacapuru (1,0).
Os dados também apontam que grande parte dos casos de Aids se concentram na cidade de Manaus, totalizando 650 registros. Nos demais municípios, os números variam de 1 a 19 registros nos últimos cinco meses.
Doença
Aids é a Síndrome de Imunodeficiência Humana, transmitida pelo vírus HIV, caracterizada pelo enfraquecimento do sistema de defesa do corpo e pelo aparecimento de doenças oportunistas. O vírus causador da Aids é transmitido por meio relações sexuais (vaginal, anal ou oral) desprotegidas com pessoa que possua o HIV, pelo compartilhamento de objetos perfuro cortantes contaminados, de mãe soropositiva durante a gestação. Ter o HIV não é a mesma coisa que ter aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença.
Testes e tratamentos
Os exames e o tratamento de uma pessoa que já viva com o vírus podem ser realizadas de forma gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Em Manaus, a Fundação de Medicina Tropical (FMT) é referência no atendimento a casos de doenças sexualmente transmissíveis.
Entretanto, os testes também podem ser realizados em qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS) da capital.
Para a realização dos testes rápidos de HIV e sífilis não é necessário estar em jejum ou possuir solicitação médica. Basta apenas levar um documento original com foto. A FMT-HVD alerta, no entanto, que o teste rápido de HIV e sífilis não deve ser feito de forma indiscriminada e a todo o momento. O aconselhável é que quem tenha passado por uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido ou ter sofrido algum tipo de acidente biológico.