*Da Redação do Dia a Dia Notícia
Antecipando-se ao período de 60 dias de restrições na navegação do estado durante a estiagem prevista para o segundo semestre deste ano, as empresas da Zona Franca de Manaus já estão se preparando. Há preocupações de que o fenômeno seja igual ou até mais severo do que a seca do ano passado, quando a indústria do estado enfrentou custos adicionais de logística, totalizando cerca de R$ 1,4 bilhão.
O Centro das Indústrias do Amazonas (Cieam) divulgou hoje que está promovendo um novo encontro com executivos das empresas para discutir a estiagem. Durante a reunião, serão apresentados palestrantes de órgãos responsáveis por monitorar o fluxo dos rios, bem como o volume de chuvas na região.
No ano passado, a estiagem histórica causou sérios impactos, chegando a interromper a navegação em várias partes dos rios fundamentais para a logística do estado, como o Madeira, Solimões, Negro e Amazonas. Essa situação levou muitas empresas a reduzirem ou paralisarem suas operações, concederem férias coletivas e até mesmo realizarem demissões em massa.
O termo “transbordo” refere-se à transferência de carga de um meio de transporte para outro. Atualmente, a maioria dos insumos utilizados nas linhas de produção da Zona Franca provêm de países da Ásia. O trajeto, que pode levar até 60 dias, inclui uma parte pelo oceano Pacífico, seguida pelo rio Amazonas até chegar a Itacoatiara (AM) ou Manaus.
No mês passado, o Grupo Chibatão, responsável por um dos principais portos de Manaus, anunciou seus planos de estabelecer um porto temporário na região da enseada do rio Madeira, no Amazonas. O objetivo é realizar a transferência de cargas dos navios para balsas.