*Da Redação do Dia a Dia Notícia
Em um ano eleitoral, o protagonismo feminino em cargos estratégicos para implementação de políticas públicas relacionadas à bioeconomia ganha destaque. Com a recente mudança de governo no Brasil, as mulheres têm retomado espaços de liderança, muitas delas com foco no fortalecimento da chamada economia da natureza.
Um exemplo disso é a Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Pela primeira vez desde sua fundação em 1973, a Embrapa é presidida por uma mulher, a doutora em computação aplicada pela Unicamp, Silvia Massruhá. Além dela, outras mulheres têm ocupado postos-chave na instituição.
Ana Euler, conselheira do Hub de Bioeconomia Amazônica, assumiu a diretoria de negócios da Embrapa e a diretoria de transferência de tecnologia da Anater (Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural). Ela tem trabalhado para promover a bioeconomia inclusiva, enfatizando a economia da natureza como um eixo central em áreas como pesquisa, inovação, negócios e assistência técnica.
O incremento da presença feminina na gestão da Embrapa tem resultado em iniciativas pioneiras, como o Observatório de Mulheres Rurais, desenvolvido em parceria com a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura). Essa ferramenta reúne dados sobre as mulheres rurais, permitindo uma análise mais precisa de sua participação e contribuição para a economia.
A coleção “Mulheres Rurais no Brasil” é outro exemplo do compromisso da Embrapa com a inclusão e equidade de gênero. Composta por cinco publicações, a coleção visa promover o diálogo e o intercâmbio de experiências, além de destacar a importância das mulheres na agricultura e no desenvolvimento sustentável.
Silvia Massruhá, presidente da Embrapa, ressaltou durante o lançamento da coleção a relevância do papel das mulheres na agricultura brasileira e o esforço para reconhecê-las e valorizá-las. Essas iniciativas não apenas fortalecem a participação feminina na bioeconomia, mas também contribuem para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e para o fortalecimento da agricultura familiar.
*Com informações da assessoria
