*Da Redação do Dia a Dia Notícia
A polícia está em busca de João Paulo Ferreira Quaresma, 39 anos, um indivíduo que se passa por motorista de aplicativo para dopar e assaltar passageiras em Manaus. Até o momento, diversos boletins de ocorrência foram registrados contra ele.
Uma das vítimas, que é militar, relatou ter sido roubada e estuprada por João Paulo durante uma corrida na madrugada do dia 18 de dezembro de 2023, por volta das 5h, na rua Misushiro, bairro Parque 10, zona sul da cidade. Segundo o depoimento, ela solicitou uma corrida após sair de uma festa, por volta das 2h30, e ao ingerir água oferecida pelo suposto motorista, desmaiou e não se recorda do que aconteceu em seguida. Foi deixada nas proximidades do 23ºDIP, suja de lama e com marcas pelo corpo.
De acordo com o delegado Rafael Allemand, João Paulo utilizava a conta de uma mulher no aplicativo para conduzir as corridas criminosas. As vítimas relataram que, ao solicitar a corrida, o perfil do motorista aparecia como feminino, mas ao entrar no veículo, tratava-se de um homem.
Após cometer os crimes, o suspeito abandonava as vítimas desacordadas na rua. Embora a maioria das vítimas fosse do sexo feminino, também houve casos envolvendo homens.
Durante uma das ocorrências, um jovem de 19 anos relatou que, após aceitar água oferecida pelo motorista, acordou na rua sem seu celular.
A esposa de João Paulo e outras pessoas também são suspeitas de participação nos crimes, porém isso ainda está sob investigação. Uma operação foi realizada na terça-feira (9) para prender João Paulo, mas ele não foi encontrado em casa. Seu veículo foi apreendido no local.
O delegado Allemand informou que João Paulo já possui diversas passagens pela polícia e foi reconhecido pelas vítimas por meio de fotografias. A polícia busca informações sobre o paradeiro do suspeito e investiga se ele violentou outras vítimas além da militar.
Ele orienta que as pessoas não aceitem corridas de motoristas que não correspondam à foto do perfil no aplicativo, e também que não aceitem nenhum tipo de oferta, como água, doces ou balas, durante as viagens. Denúncias podem ser feitas anonimamente pelo número 181.
“Algumas vítimas não se recordam de nada. Algumas perícias foram feitas para constatar se além do roubo, houve outros crimes, como violência sexual”, alerta o delegado.